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sexta-feira, 3 de maio de 2013

Traíra / Wolf-Fish ( Hoplias malabaricus) - Parte 06


COMPORTAMENTO DE CAÇA

Ao contrário de outras espécies, como o tucunaré que, em condições de comportamento usuais, ataca de imediato qualquer pequeno ser vivo que adentre sua área de ação, a Traíra parece demorar um pouco mais até que seu “Gatilho Caçador” seja acionado (aqui no sítio acontece a mesma coisa e na hora que você menos espera, ela ataca a isca com toda agressividade possível).

Por este motivo digo para fazer de forma sistemática de arremessos em cada local potencial, pois além de viável possibilidade de uma saída para um dos lados com o peixe, durante a briga, permite com mais arremessos, que se dê tempo para despertar seus instintos de caçadora.

ESCOLHENDO AS ISCAS ARTIFICIAIS

Inúmeras são os modelos, formas, cores e marcas de iscas que apresentam um resultado eficaz na pesca e às vezes pode ser o coringa. Neste pequeno universo “Trairável” dividi suas formas e ação no que se refere à faixa de profundidade nas quais atuam, em três categorias: 

• ISCAS SUPERFÍCIE
• ISCAS MEIA-ÁGUA
• ISCAS DE FUNDO

ISCAS DE SUPERFÍCIE



Não somente no caso específico desta espécie mas também para várias outras. Considero iscas de ação de superfície como as que propiciam maiores emoções e a paixão incontrolável por esta predadora tão eficaz e caçadora. Incontável número de vezes tive a oportunidade de presenciar o ágil e violento ataque de uma Traíra em uma isca de superfície, ou a visão, de uma escura barbatana dorsal singrando rapidamente a água em meio à vegetação, tendo como alvo minha indefesa isca. É uma visão enlouquecedora pelo fato do ataque e o estrago que vem depois, se o caso da isca for de material siliconoso ou mole, os dentes estraçalham mesmo e sem dó nenhum da pobre isca que passa por ali despercebida.

Uma das tradicionais e clássicas iscas de superfície para traíras sejam os POPPERS, as conhecidas iscas bocudas, Poppers podem ser trabalhados de várias formas, com maior ou menor velocidade, produzindo maior ou menor ruído. Considero bastante produtivo em termos de traíras em seus típicos ambientes, a seguinte forma de trabalho:

Arremessar a isca e nas 3 ou 4 primeiras vezes recolhe-se com maior velocidade, como que para atrair a atenção. A seguir passa-se a trabalha-la bastante lentamente, com toques espaçados de ponta de vara, para que produza seu característico som e distúrbio na superfície. É MORTAL! Dentre as marcas e modelos existentes poderia sugerir a AICÁS DRAG QUEEN – MARIA POP QUEEN – MARINE SPORTS ATRACTER 130FR - MARINE SPORTS KAZAN MSP 130 – DECONTO PLÓC – MORO SUPERBAIT POPPER SBP – RAPALA SKITTER POP SP7 e por ai vai na vasta lista de artificiais existentes.


Outra isca bastante eficaz e matadora na maioria das vezes, tendo a grande qualidade de poder trabalha-la em qualquer tipo de vegetação aquática e estrutura como pauleiras e galhadas é sem dúvida alguma a PERERECA ARTIFICIAL ou sapinho de borracha para os menos chegados. Produzidas em vários modelos, com opções de anzóis simples ou triplos, dotadas de protetores de arame fino ou plástico, em vários tamanhos e pesos, são em sua grande maioria extremamente efetivas. Na realidade, alguns modelos procuram ser tão a prova de enrroscos que acabam sendo a “prova de traíras”. De qualquer maneira, são iscas insuperáveis em certos locais onde verdadeiros tapetes de vegetação aquática impedem o uso de praticamente qualquer outro modelo. A vários modelos como a XPS LURES – ARGUS RÃ PLT70 – BLANC FISH FROG – MARINE SPORTS ARROW FROG, mas a qual recomendo friamente e por ser a mais barata de todas em termos de qualidade/custo, seria sem dúvida alguma a POPPER FROG da Marine Sports, pelo fato de ter seu preço bem mais acessível que as concorrentes, possuem anzóis duplos ou triplos, o material usado no corpo é de silicone cirúrgico e não rasga com facilidade.




Iscas de hélice, plugs dotados de um ou dois pequenos hélices em suas extremidades, funcionam excepcionalmente bem quando trabalhamos com curtos toques de ponta de vara, de forma que o hélice produza um característico ruído, parecendo imitar pequenos peixes em fuga ou algum animalzinho se debatendo. Esta isca, quando trabalhada na anteriormente citada “avenidas” cercadas por juncais, de forma lenta e compassada, têm a capacidade de retirar do interior daquela pequena floresta aquática a mais renitente das traíras, trazendo-a até a ponta de sua linha. Os modelos atuais para engatar boas traíras são: HEDDON BABY TORPEDO – MIRROLURE 75MS – DEVILS HORSE – BANG-O-LURE etc...

Existe também outra isca de superfície que as traíras adoram, principalmente as grandes, que seria as Zaras. Estas iscas trabalham de forma de zigue-zague conseguindo este movimento dando toques secos de ponta de vara, é uma isca pra desentocar qualquer traíra dorminhoca e o estouro é espetacular. Uma das mais conhecidas dessas iscas é a ZARA SPOOK e a JUMPIM MINNOW (mais conhecida por todos como João Pepino).


Nos países vizinhos do Uruguai e Argentina, a pesca da traíra com artificiais é extremamente popular, reunindo milhares de adeptos. Tão popular, que vários fabricantes de iscas destes dois países, desenvolveram toda uma linha de modelos voltados para a pesca desta espécie. EPECUÉN – PLOP DEL e YITER são os nomes de algumas das opções de superfície fabricadas na Argentina para a pesca da traíra, e que já fiz uso em nossas dentuças tupiniquins e funcionam perfeitamente. Um verdadeiro exemplo da integração do Mercosul “pescativo”.

Ainda com ação de superfície, se bem que podendo ser utilizados logo abaixo dela, quase em trabalho de meia-água, encontram-se os “plugs floating” minnows, de barbela curta, que flutuam e mergulham ao serem recolhidas. Apresentam ótimos resultados em dias com mais vento, tanto em ação contínua e lenta como trabalhados com toques de ponta de vara, que os façam afundar, para depois voltarem à superfície permanecendo imóveis por alguns instantes. A famosa RAPALA FLOATING – RED FIN e PEGADOR, são iscas com estas características.



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