Peixe da família Istiophoridae,
o Marlim-branco/White Marlin(Tetrapturus albidus) possui em sua região
pré-dorsal, a parte mais alta do corpo, que vai afilando gradativamente até o
pedúnculo caudal. O corpo é levemente comprimido. Seu pedúnculo caudal é
estreito com duas quilhas de cada lado, logo antes da base de inserção da
poderosa nadadeira caudal, grande e furcada (características comuns entre os
peixes velozes). Possui duas pequenas nadadeiras anais. A nadadeira dorsal é
bem longa, com os primeiros dez raios mais altos, e comprimento superior à
maior altura do corpo. Os demais raios têm altura reduzida. Essa é uma
característica fácil para diferenciá-lo do marlin-azul, com o qual costuma
ser confundido, cuja maior altura dos raios da nadadeira dorsal nunca é
superior à maior altura do corpo, e as nadadeiras peitorais, primeira dorsal e
primeira anal são pontudas, enquanto no marlim branco, arredondadas.
A boca terminal
é grande e bem ampla, com pequenos dentes. O maxilar superior é bem
alongado e tem seção cilíndrica, característica marcante dos marlins e do
sailfish ou agulhão-bandeira. As nadadeiras abdominais são diferenciadas, com
formato alongado e fino, e se encaixam em uma depressão do abdômem. A coloração
geral é negra-azulada no dorso e branca-prateada no ventre. As nadadeiras são
enegrecidas em tons de azul-escuro. A primeira dorsal tem manchas escuras
arredondadas. Pode atingir pouco mais de 2,8 metros de
comprimento total e cerca de 85 quilos.
Difere dos
espadartes (Xiphias gladius) pela seguinte característica: o “bico” nesta
espécie apresenta o maxilar bem mais alongado, mas com seção achatada. Nos
marlins, ele é mais curto e tem seção cilíndrica.
Tem hábito
alimentar carnívoro, com preferência por peixes e lulas. Gosta de dourados,
atuns, bonitos, cavalinhas, peixes voadores e farnangaios, entre outros. Peixe com
hábitos solitários, encontrado aos pares durante o período de reprodução.
Apesar de formar pequenos cardumes quando jovem, pode reunir-se em determinadas
áreas em grande densidade.
Lugares
Gosta das águas
afastadas em mar aberto, na região sobre o talude continental, nas áreas de
grande declividade após o término da plataforma continental. Aprecia a região
de encontro de correntes marinhas e também regiões como topos de montanhas
submersas. Está presente no Oceano Atlântico.
No Brasil,
ocorre nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. A costa ao longo do
litoral do Espírito Santo é considerada a “capital mundial do
marlin-branco”, devido à grande quantidade de peixes que aparecem durante
o verão. Os recordes mundiais da espécie são constantemente quebrados e
homologados nessa importante e privilegiada região do litoral brasileiro.
As melhores
épocas de pesca são no verão quando encosta a Corrente do Brasil no
Sudeste e no meio do ano em ilhas afastadas e no Nordeste.
Métodos
Este peixe é na maioria das vezes capturado no Corrico, porem existe alguns pescadores que pescam com iscas naturais na meia água.
Equipamentos
As varas podem
ter ou não passadores com roldanas e as carretilhas precisam ter bastante linha
mas entre 20 e 50 libras
já é suficiente. É capturado no corrico.
Iscas
Em sua pesca é
utiliza-do iscas naturais, como peixes voadores, farnangaios e atuns, e
iscas artificiais. As iscas artificiais preferidas são as grandes
lulas, mas algumas vezes atacam os plugs de meia água.
Dica
Após o peixe
abocanhar a isca natural, é preciso esperar que ele acomode-a na boca antes de
fisgá-la. O pescador precisa ter muito sangue-frio e esperar alguns segundos
antes de proceder ao Strike.
Por melhor que
seja o equipamento, se não houver calma, experiência e uma boa equipe, os
peixes não serão embarcados.
Recorde
82.5 kg/ 181 lb 14 oz
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