Local escolhido
anzol iscado, 4 batidas na água para chamar atenção do peixe, e é só deixar a
isca afundar. Sinto a pegada de uma traíra, e então, conto silenciosamente: “1,
2, 3... e dou a fisgada!” A curta mas resistente vara de bambu verga e o peixe
dá trabalho. Após um bom cabo-de-guerra, o troféu está posando para as fotos.
Nesses poucos minutos, sinto-me novamente criança principalmente porque estou
novamente sentado num barranco, à beira de uma lagoa, dando as primeiras
pinchadas do lado do meu tio. É a repetição da primeira pescaria de traíra da
minha vida. Apesar da evolução técnica e material que acabamos nos tornando
“vítimas”, nunca é tarde para nos lembrarmos de nossas raízes na pesca.
Felizmente, a traíra sempre permitirá um revival dessas eternas emoções.
Material
Var de bambu de 3
a 5m, com ponta grossa e reforçada, linha de
monofilamento 0,50 ou 0,60mm (tem q ser caso ela embodoque embaixo das
“boiadeiras” ou aguapés e ter que puxar pela linha sem que a mesma se rompa),
Empate de aço flexível e anzol l/0com haste longa. É importante que o
comprimento da linha não seja muito grande (em geral, um pouco menor que o da
vara), para que fique sempre esticada quando em posição de pesca.
Iscas
lambaris, pequenas tilápias ou mandis, coração de galinha, pedaços
de outros peixes, minhoca ou minhocuçu e fígado ou coração de boi cortados em
pedaços.
Técnica
procure
pequenos “buracos” em meio a moitas de capim, aguapés, troncos e outros tipos
de estrutura. Coloque a isca no ponto escolhido e dê cerca de 5 batidas na
superfície da água com a ponta da vara, o barulho serve pra atrair o peixe.
Então deixe a isca afundar até encostar no fundo e aguarde. Caso o peixe não
ataque, repita a operação.
A “Pegada”
costuma ser bastante violenta, exigindo uma fisgada igualmente
firme. Em pontos com vegetação muito densa, o peixe deve ser praticamente
“arrancado” da estrutura, ou ficará enroscado nela. Não se esqueça de afiar
muito bem o anzol e de não bambear a linha.
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