Pesca
Inglesa
A técnica da
Pesca à Inglesa tem a sua origem nas ilhas Britânicas, e surgiu da necessidade
dos pescadores britânicos ultrapassarem algumas dificuldades na pesca
desportiva em virtude de um clima mais chuvoso e ventoso que no resto da Europa
e pelo facto de na maior parte dos rios e albufeiras os peixes, mais
desconfiados, tenderem a manter-se muito afastados das margens.
Pesca Inglesa consagrou-se como uma técnica eficaz e com excelentes resultados na competição, já que permite realizar capturas a longa distância, 20/25 ou mesmo 40/50 metros, a qualquer profundidade e em situações adversas no que diz respeito à corrente e ao vento.
O pescador na
pesca Inglesa pode utilizar dois sistemas distintos. Esta técnica consiste em
colocar o isco em profundidade correndo o fio pelo boia, é utilizado fio
afundante, algumas variantes a esta ténica permitem colocar a bóia fixa. A
profundidade do isco em relação à bóia é definida por um nó corrediço ou chumbo
colocado no fio antes da bóia.
A utilização de um ou outro sistema depende da profundidade da água, ou por simples opção do pescador:
Com bóia fixa,
para pesqueiros com profundidade inferior ao comprimento da cana.
Com bóia de
correr (slider), para profundidades superiores à cana.
A utilização da
bóia de correr é aparentemente mais complicada para quem se inicia nesta
técnica de pesca desportiva, mas indispensável para a obtenção de bons
resultados em grande parte dos nossos rios e albufeiras.
Canas
As canas
inglesas devem ser constituídas por 3 corpos e ter um comprimento entre 3,90 e
Fios
A característica
fundamental do fio a utilizar assenta nas suas propriedades afundantes. Após
cada lançamento será necessário recuperar algum fio para o posicionar bem
esticado e abaixo da linha de água. Normalmente bastará um 0,12 para uma
pescaria normal e um 0.14 para maiores profundidades, longas distâncias ou
exemplares de maior porte.
Bóias
Na variadíssima
gama de bóias ao dispor no mercado, na maior parte fabricadas em pena de pavão
ou em fibras e com chumbo incorporado em vários dos seus modelos, deverá ter
sempre em conta a sua utilização em cada situação de pesca:
As do tipo "waggler" (insert e straight) ou a com flyer para águas pouco profundas e a curta distância; A "bodied" ou "onion" com "flyer" e a "swinger" para maiores distâncias, maior profundidade e vento moderado; A "stick" para águas com corrente mas estáveis; A "avon" para águas muito alteradas pelo vento ou de correntes mais fortes.
|
Chumbo/Peso | |||||||||||||||||||
Ch.nº | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | LG | SSG | SG | AAA | AB | BB |
Peso (gr.) | 0,29 | 0,24 | 0,19 | 0,16 | 0,13 | 0,11 | 0,09 | 0,07 | 0,05 | 0,04 | 0,03 | 0,02 | 0,01 | 3,0 | 1,6 | 1,2 | 0,8 | 0,6 | 0,4 |
Os Lançamentos
A cana inglesa
deve ser lançada em Xicote quando se usa um boia fixa. Além de ajudar a dar
direcção ao lançamento, torna-o mais longo. Depois de lançada e quando vai
quase a tocar na água deve-se travar o fio, para isso basta por um dedo em cima
da bobine do carreto com cuidado. Isto vai fazer com que todo o fio que está
por baixo da boia até ao anzol seja transportado para a frente nunca enliando
com o que está por cima da boia. Note que no lançamento é a boia que vai à
frente e as duas secções de fio (carreto e montagem) veêm atrás. Depois da
montagem cair na água, deve-se colocar a ponteira da cana na água e enrolar até
se ver todo o fio a afundar. A partir deste momento estamos em acção de pesca.
Veja o gif animado do lançamento em chicote.
Pesca com bóia de correr
Bóia de correr - Montagens | ||
Média profundidade e fraca corrente | Profundidade elevada e com alguma corrente | Sondagem profundidade |
Pesca com bóia fixa
Bóia fixa - Montagens | |||||
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Águas pouco profundas e fraca corrente | Águas pouco profundas e fraca corrente | Águas pouco profundas e fraca corrente | Média profundidade e com corrente | Média profundidade e muita corrente | Águas de média e muita profundidade |
Os pequenos wagglers podem ser bloqueados simplesmente entre chumbos, mas é preferível tornar a montagem desmontável para mudar de bóia segundo as condições (vento, corrente...). O nó mais simples é chamado o "tétine" (D). O tétine é enfiado sobre o corpo de linha, e a base do waggler é introduzida no tétine. Para os wagglers pesados (A), é preferível adoptar laços mais fortes como os modelos de Stonfo (B e C). Existe laços especiais (E) para montagem coulissant (sliding rig) ou o flutuador desliza até ao encontro de um nó (F). |
Anzol Nº | Asticot | Fouilli | Milho | Minhoca | Pão ou Batata | Pinky | Trigo | Vers de Vase | |
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26 | X | X | |||||||
24 | X | X | |||||||
22 | X | X | |||||||
20 | X | X | |||||||
18 | X | X | |||||||
16 | X | X | X | X | X | ||||
14 | X | X | X | X | X | ||||
12 | X | X | X | X | X |
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