terça-feira, 24 de julho de 2018

Tambaqui / Tambaqus (Colossoma macropomum)


Tive o privilégio de conhecer este gigante quando fui conhecer a família de minha esposa em Rondônia no Norte do País, sua pegada e briga são impressionantes, consegui pescar vários exemplares deste magnífico peixe, mantenho novamente um agradecimento especial ao Balbino sobre a oportunidade de conhecer e pescar estes peixes.




DESCRIÇÃO

O Tambaqui é um peixe de escamas, com corpo romboidal, alto, achatado e serrilhado no peito.  Apresenta uma dentição poderosa, adaptada para quebrar as duras castanhas que fazem parte de sua dieta. Em suas brânquias, podem ser observados espinhos longos e finos. Possui nadadeira adiposa curta, com raios na extremidade, dentes molariformes e rastros branquiais longos e numerosos. Sua coloração é parda, na metade superior, e preta, na metade inferior do corpo, mas pode variar para mais clara ou mais escura dependendo da cor da água. Tem a carne bastante apreciada. Pode alcançar  90 cm  de comprimento e atingir 30 Kg.
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LUGARES

Sua espécie é distribuída na região Norte, além dos Estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. O Tambaqui é encontrado também em matas inundadas.

MÉTODOS

Os métodos variam do lugar em que se vai pescar, como só pesquei no pesqueiro pesquisei outros métodos para as mais variadas pescarias, vou lista-las abaixo:

Ambientes naturais: Alguns rios na época das cheias invadem a mata ciliar deixando-a totalmente alagada. Nestas ocasiões costumam-se preparar CEVAS em sacos de tratos com farelo de arroz que são amarrados nas árvores para atrair os Tambaquis.

Margens dos Rios, fora da mata alagada: Geralmente utilizam a pesca com boia ou até mesmo a pesca de fundo, com empate de aço para evitar perder a linha devido a grande dentição deste peixe

EQUIPAMENTOS

Ambientes naturais: Para esta situação recomendamos material pesado e extra pesado, devido à força dos Tambaquis e a quantidade de obstáculos que vai enfrentar (árvores, troncos, vegetação, etc.). Opte por varas para linhas de 40 a 80 libras, carretilhas e molinetes reforçados que comportem 100 metros da linha escolhida. De preferência, linhas de monofilamento, com diâmetro variando do 0,80 mm ao 1,20 mm. Os anzóis devem ser extremamente resistentes e afiados para fisgar a boca dura dos Tambaquis, vale utilizar um pequeno encastoado em anzóis de haste curta.

Margens dos Rios, fora da mata alagada e pesqueiros: os equipamentos podem ser mais leves, pois o Tambaqui vai brigar limpo, quase sempre correndo para o meio do Rio quando fisgado. Opte por varas de 30 a 40 libras, carretilhas e molinetes reforçados para abastecerem pelo menos 150 metros da linha utilizada. A linha pode ser o mono filamento de 0,40 mm a 0,60 mm e no caso do multifilamento, linhas de 40 a 80 libras (algo em torno de 0,29 mm a 0,40 mm). Opte pelos mesmos anzóis e encastoado no caso de anzóis de haste curta.

ISCAS

Este peixe come de tudo, o correto é analisar o pesqueiro seja ele de barranco ou de outra modalidade, verifica se o peixe já tem o costume de comer alguma frutinha que cai na agua  ou faz uma CEVA com farelo de arroz e outras rações para chamar atenção do Tambaqui.

Também tem muita atividade com minhoca , lesmas e as mais variadas frutas entre elas caju, maça, pera. Salsicha , mortadela , salames, enfim este peixe come de tudo um pouco, podemos até arriscar algumas artificiais no estilo miçanga.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Notícia - Pirarucu / Tambaqui 12/07/2018

Tambaqui e pirarucu entre os peixes com maior valor nutricional





Atualmente, o consumo dos alimentos entre os brasileiros não passa dos 9kg ao ano por pessoa.

O pirarucu e o tambaqui estão entre os peixes amazônicos com maior valor nutricional e ainda são os mais procurados pelos amazonenses.

Apesar dos benefícios, dados do Ministério da Saúde apontam baixo interesse dos brasileiros em incluir os peixes na dieta alimentar. Atualmente, o consumo dos alimentos não passa dos 9kg ao ano por pessoa.

O índice é considerado baixo, mas leva os amazonenses a fugirem à regra.  O consumo amazonense de peixe é o maior do País: 35 quilos ao ano. Segundo feirantes ouvidos pela reportagem, a procura pelo tambaqui, por exemplo, é sempre alta. Já o pirarucu, considerado o bacalhau da Amazônia, é mais visado nas ceias de Natal e fim de ano.

O feirante Gilberto Amaral afirmou que chegou a vender até 100 kg, por dia, do pirarucu na Feira da Manaus Moderna, Centro.

Segundo Cavalcante, os peixes são ricos em proteínas, minerais, contém vitaminas do Complexo “B”, fósforo e, no caso do pirarucu, ricos em ômega 3 e 6, antioxidante natural. O antioxidante, protege as veias do envelhecimento precoce, além de reduzir as células cancerígenas. O ômega 3 reduz o colesterol e aumenta o colesterol bom (HDL). O lombo do tambaqui também é rico em proteína, mas a nutricionista alerta que as proteínas não estão na gordura do peixe, e sim, na carne.

A nutricionista também destaca que o peixe é ideal para quem quer emagrecer, por conta da grande quantidade de proteínas. A espécie possui gordura natural responsável pela formação hormonal. O consumo do tambaqui ainda resulta na melhoria do transporte de nutrientes para dentro da célula. Outro agente saudável presente na maioria dos peixes é o Iodo, que contribui para o funcionamento da glândula da tireóide e previne o bócio, tumor da tiróide.

Pesquisa

A ciência também busca aumentar o valor nutricional dos peixes. Estudo desenvolvido no Estado e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) analisa as inclusões de fontes naturais de Ômega.3 e Ômega.6 (lípidios), presentes no tambaqui e os benefícios deles na alimentação. Segundo o autor da pesquisa, André Moreira Bordinhon, o pescado reúne ácidos graxos polissaturados fundamentais para o bom funcionamento do organismo de pessoas e animais.

A função adicional de Ômega.3 e Ômega.6 no metabolismo dos animais e das pessoas é objeto de estudo nos últimos anos, com maior intensidade em animais aquáticos. Neste sentido, a pesquisa levanta a hipótese de encontrar um aumento da quantidade do tipo de gordura na carne do tambaqui por meio do fornecimento de dietas que contêm fontes naturais de ácidos graxos. Segundo a nutricionista Lúcia Cavalcante, outros peixes encontrados na Amazônia como o pacu e a sardinha também estão entre os mais ricos em nutrientes.




terça-feira, 17 de julho de 2018

Pirarucu (Arapaima gigas)


Boa noite amigos,

Hoje falaremos sobre este gigante do nosso país, o Pirarucu.


 

























Tive o privilégio de conhecer este gigante quando fui conhecer a família de minha esposa em Rondônia no Norte do País, a sua força e pegada é impressionante, consegui pescar um filhote deste peixe e fiquei muito feliz pela enorme briga que me proporcionou, agradecimento especial ao Balbino sobre a oportunidade.



DESCRIÇÃO

O pirarucu (Arapaima gigas) está no ranking dos maiores peixes de água doce do planeta. Nativo da Amazônia,

Pode atingir quando adulto costuma de dois a três metros, e o peso, de 100 a 200 kg. O pirarucu é  um peixe forte, com características bem especiais. Eles têm a cabeça achatada e um longo corpo escamoso Possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática, e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão na respiração aérea.

A espécie vive em lagos e rios afluentes, de águas claras, com temperaturas que variam de 24° a 37°C. O pirarucu não é encontrado em lugares com fortes correntezas ou em águas com sedimentos.

Durante a seca, os peixes formam casais. Nesse período, o pirarucu macho fica com a  coloração mais avermelhada nos flancos. Antes da fêmea depositar os ovos no leito do rio, o macho faz a limpeza da área e arranca com as mandíbulas raízes e galhos presentes no local escolhido. Em seguida cava uma poça circular, onde a fêmea inicia a desova, para que seu companheiro possa fecundar os ovos. Durante a incubação, a fêmea permanece mais próxima do ninho, enquanto o macho nada nas redondezas para intimidar predadores que possam trazer perigo aos ovos. Os ovos eclodem após oito a 10 dias.


Risco de extinção

A espécie corre risco de extinção devido à pesca predatória praticada ao longo de muitos anos. A reprodução natural do peixe é insuficiente para repor o número de pirarucus pescados. A exploração não sustentável fez com que o Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - criasse em 2004 uma Instrução Normativa que regulamenta a pesca do pirarucu na Amazônia, proibindo-a em alguns meses do ano e estabelecendo tamanhos mínimos para pesca e comercialização da espécie.

LUGARES

É encontrado de dia e a noite em rios e lagos com águas claras, cristalinas e calmas na bacia amazônica e na Bacia de Tocantins-Araguaia.

MÉTODOS

Uma das formas mais eficazes de pescar o pirarucu é visualmente. O arremesso deve ser dado imediatamente à frente de onde o peixe sobe para tomar ar, a distância mais utilizada pelos pescadores é 1 metro. Com anzóis circulares, é possível fisgá-lo sem maiores danos, facilitando o pesque-e-solte.

Quando pesquei em Rondônia utilizei a pesca de fundo semelhante a pesca de Bagre, e foi muito produtiva também.

ISCAS

São boas iscas naturais a traíra, o jacundá, a Tilápia, Lambari, até as sardinhas. Dependendo do local frutas típicas do rio, aquelas que caem direto na água podem ser uma boa escolha também, mas na minha opinião nada ganha dos peixes vivos.

CUIDADO

É preciso ter muito cuidado com a força do Pirarucu fora da água, se brincar pode levar uma cabeçada e acabar ferido.

RECORDE

O recorde homologado na IGFA é de 130 kg, capturado no Amazonas em 2.008