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terça-feira, 14 de maio de 2013

Especial Robalos (Snook) - Parte 02


HÁBITOS GERAIS

Denominado pelos norte-americanos com "snook", o robalo é considerado pelo pescador esportivo brasileiro como o "Rei dos Manguezais". Sua característica de ataque a isca surpreende até mesmo os grandes mestres da pesca esportiva. Presente em todo o litoral brasileiro, sua população esta mais concentrada na região nordestina, atingindo tamanhos e pesos superiores aos do sul. Ataca iscas de superfície, como sticks, twitchbaits e poppers, e iscas de meia água trabalhadas com toques de ponta de vara, para que execute um breve movimento de afunda e flutua. As iscas de fundo mais produtivas são os camarões artificiais, rattling e jigs. Ataca sempre na corrida da maré, em estrutura como galhadas de mangue, pilares de ponte, pedreiras e outras estruturas. O equipamento para sua captura consiste em varas de 5'6" de comprimento, para linhas de 8-20 lb, e carretilhas ação média. No sudeste do Brasil pode-se tentar sua captura em barras de rios, costões e pontes, no sistema de arremesso com iscas artificiais (baitcasting). Para tal empregamos varas de 7'6" a 9' de comprimento para linhas de 20 lb. Todo cuidado é pouco para manusear o robalo capturado, devido aos serrilhados que possui nas fendas dos opérculos. Devido a estas características, o uso de shock-leaders garantem a segurança do embarque e protegem contra a abrasão das estruturas subaquáticas.

Existem 12 espécie no nosso hemisfério -  são considerados hermafroditas protandricos, isto é, alguns machos revertem o sexo e se tornam fêmeas, isto especialmente quando a população de fêmeas fica reduzida

ESPÉCIES E HÁBITOS

Robalo – Nome dado a várias espécies de Centropomídeos marinhos, gênero Centropomus. Comuns em todo a costa brasileira, encontrados nas lagoas que comunicam com o mar, más podem subir os rios por grandes distâncias para desovar. Atinge mais de um metro de comprimento e citam-se casos de robalo de mais de 40 quilos, o que parece exagero devido a seu corpo esguio, mas não são incomuns robalos de mais de 20 quilos. 

Frequenta fundos de baías, lagoas, manguezais, estuários de rios e costões oceânicos batidos pelas ondas. Alimenta-se de pequenos peixes e crustáceos, principalmente carapicús e camarões. É um dos peixes mais procurados por todos os “Pescadores Esportivos” pela violência de seu ataque à isca e pela inteligência que demonstra no combate após “ferrado”, tentando livrar-se do anzol. É também um dos favoritos na culinária pela excelência de sua carne. 

Na costa do Brasil são conhecidas cinco espécies do gênero, todas muito parecidas e de difícil identificação. No litoral de São Paulo os mais conhecidos são o Robalo Flecha e o Robalo Peva. É um belíssimo peixe, de corpo alongado, muito hidrodinâmico. A cor do dorso é de um castanho-escuro com reflexos azulados, cor essa que vai clareando para os flancos, já prateados, e termina no ventre, que é branco. A linha lateral é muito nítida. O robalo possui a cabeça um pouco grande em relação ao resto do corpo e a boca, bastante grande, permite-lhe engolir presas inteira, testemunhos da sua tremenda voracidade. Apesar de tudo, devemos ter sempre bastante cuidados em não lhe rasgar os lábios, pois são frágeis. O melhor é cansa-lo bastante antes de recolher a linha, mesmo que nos dê ideia de que o peixe já engoliu o anzol e que, portanto, está impossibilitado de se desferrar. 

O robalo é um peixe gregário, vivendo em grandes cardumes que estão permanentemente se deslocando. O tamanho normal é relativamente pequeno e exemplar com mais de 4 quilos são bastante raros. Peixe costeiro, que prefere as águas revoltas, as correntes, a rebentação das ondas e as pontas rochosas, o robalo gosta de caçar nos baixios, entre as grandes laminarias, autêntica »despensa» bem fornecida de crustáceos e pequenos peixes. 

Após muitos anos de prática e de observação dos pescadores, podemos afirmar que o robalo, nas suas viagens, segue sempre os mesmos itinerários e fazem sempre nas mesmas circunstâncias. Como por exemplo, um mesmo peixe caça sempre nos mesmos lugares ou rochedos, submersas duas horas antes do fim da vazante ou no estofo da maré baixa. Muitos pescadores pensam que o robalo é difícil de pescar, más é um erro! Desde que tenha fome, o robalo morde sempre. O único problema é que, hoje em dia está rareando. 

É um peixe caprichoso, e há dias em que não o conseguimos fazer que eles morder nossa isca, por mais atraente que seja, mesmo que seja um belo camarão branco legítimo vivo. Esse tipo de situação é muito mais raro na pesca de barco; por termos a possibilidade, de mudar facilmente para outros pesqueiros (locais de pesca). Como os pescadores de barco são gente que, normalmente, conhecem bem os locais de pesca, é raro voltarem da pesca de mãos abanando. 

Predador e caçador de superfície, quando persegue cardumes de peixes miúdos, o robalo também se alimenta no fundo, onde aprecia tudo que encontra: caranguejos, minhocas, camarões, moluscos, etc. As marés também têm enorme influência sobre a pesca. As de pequena amplitude e até os períodos de água parada são muito melhores do que as marés de grande amplitude. No entanto, no caso das marés grandes, existem exceções, e devo dizer que se pode fazer ótimas pescarias em dias desses. Normalmente, o robalo está mais ativo no período entre as duas últimas horas da vazante, o estofo da maré baixa (também conhecido como reponto de maré, ocorre entre marés, período em que não ocorre qualquer alteração na altura de nível) e as duas primeiras horas da enchente. E, em princípio, as marés da manhã são melhores do que a da tarde. A água demasiadamente cristalina, o mar muito liso e o calor também têm, porem, o condão de selar a bocó do peixe. 

Chegamos a conclusão de que não há nada melhor do que um dia com uma ligeira brisa e uma água levemente agitada... Neste momento, podemos está pensando como é complicado saber quando é que se deve ir a pesca. Mas não: no mar, o tempo muda com uma rapidez impressionante! Poderá acontecer de se passar manhãs ou tardes inteiras sem um único toque, mas não desespere. Em menos de meia hora, o tempo pode mudar, o mar levantar e, de repente... o peixe morder. Quem mais peixe pesca é quem vai mais vezes à pesca. Milagres não existem: há dias bons e maus, horas boas e más. Só quem lá vai é que aproveita! Existem diferentes métodos de se pescar o robalo basta o pescador esportivo modificar e adaptar essas técnicas a seu gosto, ao seu material e o local em que for pescar. 

Em Portugal – O termo designa outro peixe, da família dos Percídeos, o Labrax Lupus. O robalo, cujo nome científico é o moreno labrax, é um belíssimo peixe, de corpo alongado, muito hidrodinâmico. Na costa portuguesa encontram-se duas variedades de robalo: o «Legítimo» e a «Baila». Esse último mais longilíneo do que o primeiro, tem a boca pequena e o lábio inferior ligeiramente prógnato. O dorso, sarapintado de negro, faz lembrar o da truta. 

Preamar: Nível máximo de uma maré cheia. 
Baixa-mar: Nível de uma maré vazante. 
Estofo: Também conhecido como reponto de maré, ocorre entre marés, período em que não ocorre qualquer alteração na altura da nível. Sizígia: Maré de grande altitude.

DESOVA E CRESCIMENTO 

HÁBITOS DO ROBALO: O peixe vive ao longo da costa, perto de baías, estuários, canais e nos cursos mais baixos de correntes. Indivíduos pequenos, imaturos, com menos de 01 ano de idade, geralmente são encontrados nas áreas marginais de lagoas costeiras e estuários. Os adultos ainda podem ser encontrados terra adentro em água doce, ou em água salgada longe dos estuários. O robalo comum se alimenta de peixes, mas os crustáceos também são itens importantes de sua alimentação. A época de reprodução se estende de junho a novembro. A espécie atinge a idade adulta depois de três anos. Todas as espécies de robalo são sensíveis ao frio - o mínimo tolerado é 60 graus Fahrenheit.

Para desovar, sobem os rios em procura de remansos ou lagoas, nos meses de inverno. A. Miranda Ribeiro encontrou-o em Cataguazes em Minas e no rio Pomba, afluente do Paraíba. Procria nos meses de maio e julho, nas águas mortas dos lagos em comunicação com os rios. Relata o mesmo naturalista do Museu NAcional que viu dinamitarem um poço no rio Macaé, no que resultou ficar todo o remanso, numa superfície de mil metros quadrados, inteiramente branco de filhotes de robalo.

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