HÁBITOS GERAIS
Denominado pelos
norte-americanos com "snook", o robalo é considerado pelo pescador
esportivo brasileiro como o "Rei dos Manguezais". Sua característica
de ataque a isca surpreende até mesmo os grandes mestres da pesca esportiva.
Presente em todo o litoral brasileiro, sua população esta mais concentrada na
região nordestina, atingindo tamanhos e pesos superiores aos do sul. Ataca
iscas de superfície, como sticks, twitchbaits e poppers, e iscas de meia água
trabalhadas com toques de ponta de vara, para que execute um breve movimento de
afunda e flutua. As iscas de fundo mais produtivas são os camarões artificiais,
rattling e jigs. Ataca sempre na corrida da maré, em estrutura como galhadas de
mangue, pilares de ponte, pedreiras e outras estruturas. O equipamento para sua
captura consiste em varas de 5'6" de comprimento, para linhas de 8-20 lb , e carretilhas ação
média. No sudeste do Brasil pode-se tentar sua captura em barras de rios,
costões e pontes, no sistema de arremesso com iscas artificiais (baitcasting).
Para tal empregamos varas de 7'6" a 9' de comprimento para linhas de 20 lb . Todo cuidado é pouco
para manusear o robalo capturado, devido aos serrilhados que possui nas fendas
dos opérculos. Devido a estas características, o uso de shock-leaders garantem
a segurança do embarque e protegem contra a abrasão das estruturas
subaquáticas.
Existem 12 espécie no nosso hemisfério - são
considerados hermafroditas protandricos, isto é, alguns machos revertem o sexo
e se tornam fêmeas, isto especialmente quando a população de fêmeas fica
reduzida
ESPÉCIES E
HÁBITOS
Robalo –
Nome dado a várias espécies de Centropomídeos marinhos, gênero Centropomus.
Comuns em todo a costa brasileira, encontrados nas lagoas que comunicam com o
mar, más podem subir os rios por grandes distâncias para desovar. Atinge mais
de um metro de comprimento e citam-se casos de robalo de mais de 40 quilos, o
que parece exagero devido a seu corpo esguio, mas não são incomuns robalos de
mais de 20 quilos.
Frequenta fundos
de baías, lagoas, manguezais, estuários de rios e costões oceânicos batidos
pelas ondas. Alimenta-se de pequenos peixes e crustáceos, principalmente
carapicús e camarões. É um dos peixes mais procurados por todos os “Pescadores
Esportivos” pela violência de seu ataque à isca e pela inteligência que
demonstra no combate após “ferrado”, tentando livrar-se do anzol. É também um
dos favoritos na culinária pela excelência de sua carne.
Na costa do
Brasil são conhecidas cinco espécies do gênero, todas muito parecidas e de
difícil identificação. No litoral de São Paulo os mais conhecidos são o Robalo
Flecha e o Robalo Peva. É um belíssimo peixe, de corpo alongado, muito
hidrodinâmico. A cor do dorso é de um castanho-escuro com reflexos azulados,
cor essa que vai clareando para os flancos, já prateados, e termina no ventre,
que é branco. A linha lateral é muito nítida. O robalo possui a cabeça um pouco
grande em relação ao resto do corpo e a boca, bastante grande, permite-lhe
engolir presas inteira, testemunhos da sua tremenda voracidade. Apesar de tudo,
devemos ter sempre bastante cuidados em não lhe rasgar os lábios, pois são
frágeis. O melhor é cansa-lo bastante antes de recolher a linha, mesmo que nos
dê ideia de que o peixe já engoliu o anzol e que, portanto, está impossibilitado
de se desferrar.
O robalo é um
peixe gregário, vivendo em grandes cardumes que estão permanentemente se
deslocando. O tamanho normal é relativamente pequeno e exemplar com mais de 4
quilos são bastante raros. Peixe costeiro, que prefere as águas revoltas, as
correntes, a rebentação das ondas e as pontas rochosas, o robalo gosta de caçar
nos baixios, entre as grandes laminarias, autêntica »despensa» bem fornecida de
crustáceos e pequenos peixes.
Após muitos anos
de prática e de observação dos pescadores, podemos afirmar que o robalo, nas
suas viagens, segue sempre os mesmos itinerários e fazem sempre nas mesmas
circunstâncias. Como por exemplo, um mesmo peixe caça sempre nos mesmos lugares
ou rochedos, submersas duas horas antes do fim da vazante ou no estofo da maré
baixa. Muitos pescadores pensam que o robalo é difícil de pescar, más é um
erro! Desde que tenha fome, o robalo morde sempre. O único problema é que, hoje
em dia está rareando.
É um peixe
caprichoso, e há dias em que não o conseguimos fazer que eles morder nossa
isca, por mais atraente que seja, mesmo que seja um belo camarão branco
legítimo vivo. Esse tipo de situação é muito mais raro na pesca de barco; por
termos a possibilidade, de mudar facilmente para outros pesqueiros (locais de pesca).
Como os pescadores de barco são gente que, normalmente, conhecem bem os locais
de pesca, é raro voltarem da pesca de mãos abanando.
Predador e
caçador de superfície, quando persegue cardumes de peixes miúdos, o robalo
também se alimenta no fundo, onde aprecia tudo que encontra: caranguejos,
minhocas, camarões, moluscos, etc. As marés também têm enorme influência sobre
a pesca. As de pequena amplitude e até os períodos de água parada são muito
melhores do que as marés de grande amplitude. No entanto, no caso das marés
grandes, existem exceções, e devo dizer que se pode fazer ótimas pescarias em
dias desses. Normalmente, o robalo está mais ativo no período entre as duas
últimas horas da vazante, o estofo da maré baixa (também conhecido como reponto
de maré, ocorre entre marés, período em que não ocorre qualquer alteração na
altura de nível) e as duas primeiras horas da enchente. E, em princípio, as
marés da manhã são melhores do que a da tarde. A água demasiadamente
cristalina, o mar muito liso e o calor também têm, porem, o condão de selar a
bocó do peixe.
Chegamos a
conclusão de que não há nada melhor do que um dia com uma ligeira brisa e uma
água levemente agitada... Neste momento, podemos está pensando como é
complicado saber quando é que se deve ir a pesca. Mas não: no mar, o tempo muda
com uma rapidez impressionante! Poderá acontecer de se passar manhãs ou tardes
inteiras sem um único toque, mas não desespere. Em menos de meia hora, o tempo
pode mudar, o mar levantar e, de repente... o peixe morder. Quem mais peixe
pesca é quem vai mais vezes à pesca. Milagres não existem: há dias bons e maus,
horas boas e más. Só quem lá vai é que aproveita! Existem diferentes métodos de
se pescar o robalo basta o pescador esportivo modificar e adaptar essas técnicas
a seu gosto, ao seu material e o local em que for pescar.
Em Portugal – O
termo designa outro peixe, da família dos Percídeos, o Labrax Lupus. O robalo,
cujo nome científico é o moreno labrax, é um belíssimo peixe, de corpo
alongado, muito hidrodinâmico. Na costa portuguesa encontram-se duas variedades
de robalo: o «Legítimo» e a «Baila». Esse último mais longilíneo do que o
primeiro, tem a boca pequena e o lábio inferior ligeiramente prógnato. O dorso,
sarapintado de negro, faz lembrar o da truta.
Preamar: Nível máximo de uma maré
cheia.
Baixa-mar: Nível de uma maré vazante.
Estofo: Também conhecido como
reponto de maré, ocorre entre marés, período em que não ocorre qualquer
alteração na altura da nível. Sizígia: Maré de grande altitude.
DESOVA E
CRESCIMENTO
HÁBITOS DO
ROBALO: O peixe vive ao longo da costa, perto de baías, estuários, canais e nos
cursos mais baixos de correntes. Indivíduos pequenos, imaturos, com menos de 01
ano de idade, geralmente são encontrados nas áreas marginais de lagoas
costeiras e estuários. Os adultos ainda podem ser encontrados terra adentro em
água doce, ou em água salgada longe dos estuários. O robalo comum se alimenta
de peixes, mas os crustáceos também são itens importantes de sua alimentação. A
época de reprodução se estende de junho a novembro. A espécie atinge a idade
adulta depois de três anos. Todas as espécies de robalo são sensíveis ao frio -
o mínimo tolerado é 60 graus Fahrenheit.
Para desovar,
sobem os rios em procura de remansos ou lagoas, nos meses de inverno. A.
Miranda Ribeiro encontrou-o em Cataguazes em Minas e no rio Pomba, afluente do
Paraíba. Procria nos meses de maio e julho, nas águas mortas dos lagos em
comunicação com os rios. Relata o mesmo naturalista do Museu NAcional que viu
dinamitarem um poço no rio Macaé, no que resultou ficar todo o remanso, numa
superfície de mil metros quadrados, inteiramente branco de filhotes de robalo.
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