5 – De 02:00 a
04:00 hs parece que todos estão dormindo, sendo esta hora marcada por nevoeiro
e frio (nevoeiro sempre prenuncia má pescaria, pois o local estará iluminado
difusamente se houver qualquer cidade próxima). Além disso, mesma situação que
ocorre entre 20 e 22 h se repete, quando estarão novamente de barriga cheia, ou
estão enfiadas na vegetação e fora de alcance; mas..., se as condições forem
boas (especialmente, falta de nebulosidade e escuridão) pode tentar que pode
dar boa!
Convém salientar
que o nevoeiro é que marca o início deste momento! De forma que o horário
indicado é apenas uma forma didática de explicar como os momentos se sucedem...
6 – Entre 04:00
e 07:00 hs (ou melhor, entre uma hora do nascer do sol e uma hora após), aos
primeiros raios de sol, novamente os mosquitos, os lambaris (e as traíras) se
agitam, embora menos, caso esteja frio. Ao fim da noite e amanhecer, o mesmo
que ocorre ao entardecer se repete. Basicamente, este horário só não é
produtivo se estiver muito frio, mas como o frio é regra neste horário
(dependendo da época do ano)... Quem pesca no anzol pode ter bom proveito neste
horário, pois uma traíra que iria “dormir” de barriga vazia poderá entrar.
Novamente, a
traíra não quer estragar seu “pesqueiro”; de forma que este momento pode ser
mais produtivo com anzol que com artificiais...
7 – De 7:00 a
10:00 hs, traíras de barriga cheia e água fria...
8 – De 10:00 a
15:00 hs: Qualquer peixe não gosta de muita luz, mas isso não impede ações das
traíras neste horário. Talvez, o pior deste horário seja a falta de expectativa
de conseguir alimento por parte da traíra, que permanece na loca, a não ser que
esteja protegendo o ninho. Nascentes d’água (água limpa e fresca), e locais
sombreados não muito rasos (mesmo sem vegetação) ou rasos com vegetação, com a
água limpa e parada são seus locais de descanso nestas horas. Locais de águas
rasantes sem vegetação podem dar bons “frutinhos (geralmente “peixinho de
aquário”, embora possa entrar uma grande também)” se a água estiver limpa e
parada. Como a traíra é “territorialista”, existe uma “pressão populacional”
fazendo as menores traíras buscarem locais alternativos de descanso.
Durante as horas
de luz, as traíras menores e que tenham sido mal sucedidas em se alimentar
durante a noite (geralmente as menores) podem atacar iscas, as artificiais em
especial; mas os “refugos” são mais freqüentes, devido à visibilidade do
pescador e do “encastoamento”. Nestas horas de luz, a traíra não sairá de onde
está, e por isso, quem tem de andar é você. Assim um barco não será tão
interessante, por espantá-las. Se for possível remar sem fazer muito barulho,
use o barco para pescar em locais inacessíveis da margem. Pode ser usado um
motor elétrico, próprio para pesca, mas o resultado não será superior ao do
remo, se bem usado.
Digo e repito,
um pescador que habilmente coloque uma isca artificial na cara da predadora
provavelmente terá sucesso em qualquer hora do dia em que as traíras não
estejam de barriga muito cheia (no verão, entre 19 e 22 h, e entre 7:00 e 10:00
hs) ou na loca. Nestas horas pode ser necessário fazer a “prospecção”, isto é,
fazer muito barulho e “acordar” a traíra para se conseguir um ataque de uma
grande (as pequenas costumam estar com fome, “acordando” mais facilmente).
Pode-se usar iscas de superfície “barulhentas” alternadamente com uma de
meia-água.
Uma grande
traíra irá escolher o melhor local para caçar nestas horas em que os lambaris
se agitam e saem de seus esconderijos e vão se esconder no meio da vegetação
fechada para não serem comidos, assim como no alvorecer e ao crepúsculo. Elas
também podem comer (se estiverem com fome) ou escorraçar uma traíra menor que
fique por perto. Sempre é mais interessante pescar antes destes dois momentos
onde os mosquitos se agitam ou ao redor da meia-noite (quando escurece; senão
escurece por causa da nebulosidade, por volta de 21 h), pois é certo que
estarão com fome e receptivas às iscas artificiais (também ao alvorecer se
estiver quente, mas isto não é comum fora do verão).
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