Descrição
Peixe de escamas
da família Cichlidae, mesma do Tucunaré, o Apaiari ou Acará-açu (Astronotus
spp.) é um peixe bastante agressivo e belo, possuindo uma grande variedade de
cores, que em geral é verde escuro, com manchas pretas e vermelhas distribuídas irregularmente pelo corpo, e uma grande mancha ocelar na parte superior do
pedúnculo da nadadeira caudal. Às vezes apresentam forte coloração avermelhada
nos flancos e no ventre. Existem duas espécies identificadas como do gênero
Astronotus: A. ocellatus (bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e
Prata) e A. crassipinis (bacia amazônica). Ambas possuem coloração e
padrão de manchas bastante parecidos. Astronotus ocellatus se
diferencia pela presença de ocelos na base da nadadeira dorsal. Os ocelos são
escuros no centro e alaranjados ao redor. Ambas as espécies atingem cerca
de 35-40 cm de comprimento total e peso entre 1,5 a 2 kg.
Peixes onívoros,
com forte tendência a carnívoros, alimenta-se basicamente de pequenos peixes,
larvas de insetos e crustáceos, eventualmente frutos/sementes. Não são
migradores. Os adultos são muito apreciados como alimento (a carne branca, é de
ótimo sabor) e os alevinos como peixe ornamental. Esta espécie apresenta melhor
desempenho em águas com temperaturas entre 20 e 30 graus.
Muito apreciado
pela pesca esportiva, sua criação em cativeiro foi desenvolvida ainda na década
de 40 pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, daí também
sua importância econômica.
Atinge a
maturidade sexual com aproximadamente um ano de vida e sua época de reprodução
ocorre de outubro a abril. Tem reprodução monogâmica até 3 vezes ao ano e são
grandes protetores da próle. A desova é parcelada, podendo uma mesma fêmea
depositar cerca de 2.000 a
2.500 ovos aderentes em locais previamente escolhidos.
Lugares
Ocorre nas
Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata. Foi introduzido nos açudes do
Nordeste e na bacia do rio São Francisco, onde costuma ser encontrado vivendo
nas lagoas marginais e igapós. Gosta de águas mais temperadas, vivendo em fundos
de grotas no meio de plantas aquáticas e “tranqueiras”.
Métodos
Quando se pesca
o apaiari, deve-se ter paciência, pois o mesmo passa estudando a isca antes de
atacá-la. Às vezes é necessário passar a isca rente ao peixe por diversas vezes
até que ele efetue o bote. Como ele tem uma boca pequena, o ideal é se usar
iscas pequenas, com garatéias menores e finas.
Uma boa dica
para a captura deste peixe é procura-lo na superfície, na sombra de arbustos ou
entre galhadas submersas.
Após o
arremesso, devemos trabalhar a isca devagar, dando pequenas paradas e toques de
ponta de vara. O ataque do apaiari é quase sempre violento e proporciona
momentos de luta com tomada de linha. É importante registrar que esta espécie,
depois de fisgada, procura o enrosco.
A época
ideal para a pesca do apaiari ocorre na baixa dos rios, mantendo os
apaiarís nas lagoas e assim aguçando sua voracidade.
O equipamento mais
indicado é o ultra-ligth, com varas de ação leve, linhas de 8 a 12 libras e anzóis de n° 12 a 20.
As melhores iscas para
capturar os apaiaris, vão desde minhocas, grilos e pequenos peixes vivos
(lambaris e sauás) no caso das naturais, até iscas artificiais, como
pequenas colheres, spinners e plugs ultra-lights. Na modalidade
de fly, consegue-se bons resultados com poppers e divers.
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