OBSERVAR
A ÁGUA - O LITORAL
Ao contrário das águas afastadas da costa, que só se
podem inspecionar através do estudo de cartas marítimas e por sistema de ecos
sondagem, normalmente é possível fazer um levantamento direto das zonas de
costa com interesse para a pesca.
A primeira vista, toda essa imensa massa de água
parece igual, porém ao apurar a nossa visão sobre a costa, podemos verificar
pequenas diferenças na ondulação, tais como espuma, o tamanho das ondas,
ou correntes inversas provocadas por rochas submersas.
As costas variam em muitos fatores, sendo o mais óbvio o tipo de substrato, que pode ser de areia, cascalho, rochas ou o conjunto dos três. Assim, dependendo da espécie que buscamos, o tipo de substrato tem muito a dizer. As diferentes espécies de peixes têm preferência por um tipo de substrato ou outro, seja pela quantidade de alimento existente ou pelos esconderijos proporcionados por esse tipo de substrato, a inclinação da costa ou ainda pela presença de correntes de água doce.
As costas variam em muitos fatores, sendo o mais óbvio o tipo de substrato, que pode ser de areia, cascalho, rochas ou o conjunto dos três. Assim, dependendo da espécie que buscamos, o tipo de substrato tem muito a dizer. As diferentes espécies de peixes têm preferência por um tipo de substrato ou outro, seja pela quantidade de alimento existente ou pelos esconderijos proporcionados por esse tipo de substrato, a inclinação da costa ou ainda pela presença de correntes de água doce.
AS PRAIAS
ARENOSAS: o tamanho das partículas existentes numa praia, influencia o
tipo de organismos existentes dos quais os peixes se alimentam, e
consequentemente as espécies de peixes que eles se alimentam. Partículas finas
com grandes quantidades de matéria orgânica são propícias para a minhoca da
areia, o berbigão, ameijoa ou camarões.
Qualquer ondulação numa praia deste gênero atrai os peixes pois ao ser um sedimento leve, move-se com facilidade deixando à vista todos esses tesouros ocultos na forma de alimento. As praias de areias mais grossas, que assentam rapidamente, estão com frequência associadas a praias de rebentação, onde os robalos, solhas e rodavalhos são presa fácil quando se proporcionam condições adequadas. Uma ligeira inclinação ajuda o vento a criar uma boa rebentação pois a fricção entre o leito do mar e a água reduz a velocidade da onda, fazendo com que a crista a ultrapasse e enrole, produzindo assim mais rebentação. Isto acontece com mais frequência em águas superficiais que em profundas. Assim sendo, uma praia que normalmente tem muita rebentação, provavelmente contém bancos de areia e fundões.
Qualquer ondulação numa praia deste gênero atrai os peixes pois ao ser um sedimento leve, move-se com facilidade deixando à vista todos esses tesouros ocultos na forma de alimento. As praias de areias mais grossas, que assentam rapidamente, estão com frequência associadas a praias de rebentação, onde os robalos, solhas e rodavalhos são presa fácil quando se proporcionam condições adequadas. Uma ligeira inclinação ajuda o vento a criar uma boa rebentação pois a fricção entre o leito do mar e a água reduz a velocidade da onda, fazendo com que a crista a ultrapasse e enrole, produzindo assim mais rebentação. Isto acontece com mais frequência em águas superficiais que em profundas. Assim sendo, uma praia que normalmente tem muita rebentação, provavelmente contém bancos de areia e fundões.
AS PRAIAS DE CASCALHO: as praias de cascalho dão a impressão de estarem
desprovidas de vida, mas nada mais longe da realidade. O cascalho que pode
ficar amontoado por ação das ondas é somente a capa superficial dessa praia. Por debaixo desse amontoado de pedras,
existe uma complexa mistura de vários substratos, por vezes incluindo argila e
leitos de turfa no nível inferior da água ou para além deste.
Nas praias de cascalho, a zona mais produtiva
situa-se normalmente abaixo do nível inferior da água, onde o cascalho dá lugar
a gravilha e areia fina. Todo esse amontoado de pedras é o esconderijo perfeito
para muitos seres vivos tais como: camarões, caranguejos, lapas,
ouriços-do-mar, etc. São o habitat preferido de peixes como o robalo, o safio,
o sargo e a dourada. Observando indícios de bancos submersos que provocam
variações no padrão normal da ondulação para além do nível inferior das águas,
podemos descobrir "canais" de passagem que os peixes utilizam com
regularidade para se dirigir à praia (caneiros).
PENHASCOS: o principal atrativo deste sector da costa é a existência
quase permanente de água, em determinadas ocasiões com muita profundidade. Este
fator permite aos peixes permanecer durante longos períodos de tempo no mesmo
lugar, visto sentirem-se protegidos e existir uma grande abundância de
alimento ( florestas de algas para o bodião, rochas quebradas para o safio e
sargo, pináculos para o badejo, solos desobstruídos para a raia, o tubarão
perna-de-moça e peixes chatos como a raia).
Aconselha-se no entanto extremo cuidado ao pescar
nestes lugares, pois as pedras com a água das ondas ou a própria chuva (se se
der o caso) transformam as rochas em autênticos locais de risco. São essenciais
umas boas botas de montanha, uma corda e a companhia de alguém de confiança. Infelizmente,
todos os anos alguns pescadores esquecem-se que a melhor pescaria é aquela que
tem regresso.
PORTOS E MOLHES: são o típico cenário "familiar" devido a
facilidade de acesso e ao facto de se encontrarem normalmente perto de cidades
ou de centros urbanos, o que permite a quase todo pescador aceder a eles duma
forma quase rotineira, quando não existe outro "plano".
São talvez o centro nevrálgico de quase todas as espécies presentes na costa, devido à imensa quantidade de alimento que contêm (lugar habitual de limpeza de redes de pesca das traineiras, arrastões e vários tipos de barcos que se dedicam à pesca). São portanto lugares privilegiados para a pesca.
A maior parte dos molhes ou pontões são construídos sobre bases naturais de rocha, que atraem uma vasta gama de alimentos e de peixes. Estas bases são normalmente ricas em caranguejos, camarões e pequenos peixes que utilizam essa estrutura para se protegerem.
As tainhas percorrem estas estruturas em busca de microorganismos para se alimentarem e predadores como o robalo, a anchova, o lirio ou a corvina estão presentes devido à abundância de presas.
Também se encontram presentes os sargos, safios, moréias, e outras formas de vida marinha como as navalheiras, santolas, polvos e chocos.
ESTUÁRIOS: num estuário típico, o rio cria uma coluna de
água doce que se estende até ao mar, penetrando na água salgada. Forma-se então
uma zona de água salobra onde as duas se encontram e se misturam. A
dimensão desta zona depende de muitos fatores como por exemplo: o tamanho do
estuário, a maré ou a quantidade de água doce que entra.
O principal fator que determina as espécies de
peixes que entram num estuário é a salinidade. Os peixes que toleram uma
salinidade baixa, tais como a tainha, entram sem dificuldades num estuário,
deslocando-se muitas vezes até à própria água doce.
Muitas espécies migratórias tais como o salmão,
percorrem os estuários como via para completar o seu processo de crescimento no
mar e voltarem já adultos para a reprodução. A geografia dos estuários e a existência
de alimento, são os fatores principais que determinam onde é mais provável
encontrar os peixes, prestando especial atenção aos locais onde a curvatura dos
canais cria zonas de fluxo lento, a obstáculos que criam remoinhos parados e
baías superficiais sobre as quais se processa a enchente, oferecendo áreas de
águas tranquilas. As depressões e os buracos existentes nestas áreas tranquilas
possuem a vantagem acrescida de serem pontos de encontro para alimentos
trazidos pela corrente. Além das tainhas, encontram-se normalmente em estuários
o robalo, a corvina, a solha e o linguado, para além de milhares de pequenos
peixes em estado de desenvolvimento, tais como sargos, peixe-rei, bogas,
sardinhas, cavalas, linguados e pequenas garoupas que neles encontram
refugio e alimento.
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