quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pesca no Caribe - Destinos - Parte 17

Cancún, México





Relato tirado do site http://loucosporpesca.com.br/wordpress/?p=19


"No próprio hotel em que eu estava hospedado havia representantes de uma empresa de turismo que oferecia alguns pacotes de pesca, chamada AquaWorld.

As opções de pacotes são inúmeras. É permitido no máximo seis pescadores por lancha. O que pode variar é o tempo de pescaria e, consequentemente, o preço. São pacotes de 4, 6, 8 ou 12 horas.

Há também a possibilidade de se praticar a “share fishing”, que é a pescaria compartilhada, sempre de 6 horas. Nela você paga um determinado valor individual e divide o barco com outras pessoas.

Nos pacotes estão incluídos: a lancha, combustível, equipamentos, iscas e bebidas. Só não está incluso a comida.

As lanchas são de 34 pés, com dois motores turbos de 250 hp, preparadas para a pesca essencialmente de corrico. Os equipamentos de pesca, são da marca Penn International.
Conforme informações do site da AquaWorld, a pescaria em Cancun tornou-se famosa ao longo dos anos pela seleção de grandes peixes disponíveis durante todo o ano. As águas quentes do Caribe possuem diferentes intensidades, resultantes de nutrientes vindos da turbulência causada pelos recifes locais, ilhas, atraindo grande variedade de peixes.

Os peixes comumente encontrados são o Bonito, Atum, Wahoo, Barracuda, Olhete, Dourado, entre outros. Com um pouco de sorte, você também poderá ter na ponta da linha algum peixe de bico como o Marlin Branco, Marlin Azul ou Sailfish.

Confesso que pra mim foi uma pescaria atípica, não estou acostumado a pescar em mar. Mas é uma experiência que acredito que todo pescador gostaria e deveria passar pelo menos uma vez na vida, ainda mais num cenário tão esplêndido como as águas do Caribe.

Nossa saída foi marcada logo para as 7 da manhã, na marina da AquaWorld. Sem atraso, após conhecer o comandante e os dois marinheiros, partimos rumo às águas profundas do ponto de pesca.

A viagem dura em torno de 1:30 hr.  A ansiedade faz com que a espera se torne árdua. A caminho, conversando com os prestativos marinheiros, fui indagado sobre qual peixe gostaria de pegar, e a resposta foi: “queria um peixe de bico, mas dos grandes”. Ele deu um sorriso de canto de boca, como quem diz “é, por que não?”

No trajeto de ida eles foram preparando as iscas, que eram os farnangaios, com um grande anzol escondido logo embaixo da cabeça, mas com a ponta pra fora, preso num encastor de uns 30 cm.

Também utilizamos lulas artificiais e filé de Bonito.

Finalmente chegamos ao ponto de pesca e iniciamos com o barco em movimento, conhecido popularmente como corrico. Não demorou muito e algo grudou na isca, era um pequeno Bonito, que foi retirado pela minha irmã.

Novamente lancha andando e vem outra pancada na flor d’água, dessa vez fui eu brigar com o peixe, que era pesado e muito forte. No meio da briga ele começou a nadar muito rápido em direção ao barco e de repente a linha ficou leve. Continuei recolhendo e o peixe chegou, mas nos demos conta que só metade dele estava ali. Um tubarão havia devorado o Bonito. Note que o peixe deveria ter uns 10 kg, segundo o marinheiro, e pro tubarão ter feito esse estrago com ele, não era também dos menores. Imagina cair da lancha?


Os Bonitos foram utilizados para se fazer outras iscas, utilizando-se o seu filé, que era cortado no formato de um pequeno peixe.

O próximo peixe a dar as caras foi um pequeno Dourado, que meu irmão teve a  chance de brigar. É um belo peixe, muito colorido e dentro daquela água ficava mais chamativo ainda.

Mais alguns peixes foram perdidos. Eles abocanhavam a isca, mas as vezes não chegavam até o anzol, a isca chegava dilacerada. O comandante, de cima da lancha, gritou uma hora “olha o peixe, o peixe”, olhamos pra onda à frente e pudemos observar o que parecia ser um grande Atum ou Bonito passar varado pela isca. O coração vai até a boca.

Quando tudo se acalmou e a pescaria já dava ares de que nada demais iria acontecer, o comandante novamente grita e com a vara em punho e uma agilidade extrema, deu uma volta com a lancha, avistou o peixe abocanhando a isca, esperou os famosos 10 segundos, sempre dando linha para o peixe, quando travou a enorme carretilha Penn e nos jogou a vara! No mesmo instante um enorme Sailfish parecia levantar vôo a uns 100 metros de distância.

Todo mundo no barco nervoso, “não é comum capturar um desses, ainda mais desse porte”, disse o comandante, com um sorriso estampado no rosto. Meu pai iniciou a batalha, tentando se manter firme no barco, a força empenhada pelo peixe era descomunal.


Depois de certo tempo ele me passou o encargo e então comecei a disputa com o peixe. Ele nadava muito rápido de um lado para o outro, lançando-se para fora da água, num verdadeiro voo.  A sensação era incrível e não tinha como disfarçar a apreensão!

Depois de um certo tempo de briga o peixe foi chegando próximo ao barco. Os marinheiros já se preparavam pra embarcar o peixe, o que, diga-se de passagem não é das tarefas mais simples, além de muito perigosa por conta do afiado bico do Sailfish.

Pra nossa sorte, deu tudo certo e o peixe foi embarcado para ser fotografado.

Era mesmo um lindo Sailfish, que segundo os marinheiros, devia ter algo em torno de 2 metros e uns 30 kg.

Depois disso, ainda tentamos mais um pouco, mas logo o comandante anunciava que o tempo de pescaria havia se esgotado e que teríamos que retornar.

E assim terminou nossa pescaria caribeña, muito satisfeito e com uma bela história pra se contar."


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