Mãos à obra
A chatterbait
pode ser trabalhada de duas maneiras. A mais produtiva e comum é o recolhimento
contínuo. Alternando a velocidade da isca, é possível determinar sua
profundidade de ação. Durante o recolhimento, a ponta da vara literalmente
treme o tempo todo, intensamente, tamanha é a oscilação lateral da lâmina.
Desta forma, o trabalho assemelha-se ao de uma crankbait.
Na outra
situação, basta deixar a isca tocar o fundo, para então tracioná-la levemente e
em seguida deixá-la cair novamente. Os movimentos devem ser sucessivos até que
ela chegue próxima ao barco. Isso costuma funcionar bem em locais mais rasos,
onde não é necessário esperar muito para que a isca atinja o leito. Além disso,
a caída mais lenta da chatterbait é ideal quando os peixes estão pouco ativos.
Na água salgada
Há modelos que
utilizam shads ou camarões como trailers (denominados chattershrimps). Alguns
plugs que não possuem barbela são desenvolvidos com a mesma lâmina acoplada em
seu pitão frontal, para que vibrem mais na coluna d’água quando tracionados.
Caso não
encontre esses modelos específicos para água salgada, você pode usar as mesmas
iscas feitas para o bass. Para isso, basta remover as cerdas de silicone e
substituí-las por um shad, acoplando-o ao anzol. Este shad deve ter, no máximo,
4 polegadas
de comprimento, e possuir formato longilíneo.
+ Dicas
1. Existem
no mercado formatos variados de barbela de chatterbaits. Todos têm a mesma
característica principal, vibrar bastante durante o trabalho na coluna d’água.
As barbelas podem ser cromadas ou coloridas. Tenha na caixa variações distintas
de cor. Aquelas berrantes se destacam com água mais suja e as naturais são as
mais indicadas para águas limpas.
2. Sempre
amarre a linha diretamente ao snap que já vem preso à isca, de maneira que sua
barbela vire durante o recolhimento. Assim, a chatterbait vibra e a ponta do
anzol fica voltada para cima.
3. Procure
acoplar trailers duplos (“twin tails”), cujas caudas tenham o formato de foice
(curvos). O movimento é mais intenso quando comparado aos retos.
4. Alguns
modelos possuem anzol flexível, um artifício também presente em modelos de
spinnerbaits e buzzbaits. Ele serve para evitar que o peixe escape quando pula
com a isca presa à boca.
Vários modelos com trailers engatados atrairão mais a atenção da nossa Hoplias em qualquer circunstância! |
6. Você
pode colar a extremidade do trailer no chatterbait com cola de secagem rápida.
Isso impedirá que ele escorregue da haste do anzol durante os arremessos,
principalmente quando estes são realizados por baixo com a intenção de encaixar
a isca sob alguma estrutura.
7. De
preferência, recolha a isca com a ponta da vara voltada para baixo. Isso faz
com que ela desça mais na coluna d’água, agindo em profundidades variadas e
seguindo o desnível do barranco. Se preferir que ela venha mais ou menos na
mesma profundidade, mais à tona (no meio de um capinzeiro, por exemplo), a vara
deve apontar para cima durante o recolhimento.
Equipamento recomendado
- Varas: de 6 a 6’6”, classes 10-20 e 10-25 libras , de ação média
e média-pesada. É importante que tenham certa flexibilidade de ponta para que
permitam a vibração da isca e que esse movimento seja sentido pelo pescador.
- Carretilhas: de perfil baixo, com
capacidade para pelo menos 100m de linha de 0,30mm e relação de recolhimento
entre 6 e 7:1.
- Linhas: preferencialmente,
multifilamento, com espessura máxima de 0,23mm. Linhas de fluorcarbono de até
0,30mm também podem ser utilizadas.
- Líder: se optar por linha de “multi”, use
um líder de fluorcarbono com espessura entre 0,35 e 0,40mm, e comprimento
próximo ao da vara usada.
- Iscas: entre 1/4 oz. (7,09g) e 5/8 oz.
(17,72g). Aquelas com 3/8 oz. (10,63g) e ½ oz. (14,18g) também são excelentes.
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