sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Traíra / Wolf-Fish ( Hoplias malabaricus) - Parte 33

Fábio Zurlini-Rubber Jig - PARTE 02





Lento e natural

Quando as traíras estão mais “preguiçosas”, qualquer isca mais rápida não será atacada. Ela simplesmente vai passar pelo seu território sem ação do peixe. Nesta situação, o rubber jig, vem mostrando ser uma grande alternativa. Seus movimentos de abrir e fechar as cerdas, bastante vivos e naturais, despertam o ataque do peixe. Some a essa ação um pouco de volume e um trabalho mais lento para que a traíra não resista.

Outras vantagens dessa isca é que ela pode ser utilizada tanto em águas profundas como em locais rasos e dentro de estruturas fechadas.
 
Anzol fica escondido atrás das cerdas duras da isca e o bom que se torna anti enrosco

 
Quando pesco em lugares fundos, adiciono aos meus rubbers um trailer, que pode ser um grub, uma criatura ou até mesmo um shad. Isso vai ajudar a isca a ter maior volume, uma ação mais atraente e deixar os movimentos mais lentos e naturais. Para trabalhar, arremesse a isca de modo que ela passe pela região funda, alternando pequenos toques com a ponta de vara leves arrastadas laterais. A vibração, o volume da isca e seu movimento de abrir e fechar as cerdas despertam o ataque similar ao do bass. Porém, o bass costuma flutuar com essa isca na boca ou vir de encontro ao pescador. A traíra bate para matar a isca e logo a solta no local. Um ótimo treino para quem quiser pescar o bass nesta modalidade.

Pontos mais rasos


Os rubbers também podem ser usados em locais rasos, principalmente em bicos, baías rasas, e, principalmente, em locais com vegetação. Essa vegetação no inverno serve como uma estufa, mantendo a água mais quente sob ela.

Para explorar esses pontos, uma técnica muito empregada é o flipping. Com ele o pescador deve fazer os pinchos curtos com muita precisão, buscando os pequenos buracos na vegetação. É nessas aberturas que sua isca deve cair, para chamar a atenção do predador. O pescador que não conhece a isca pode estar se perguntando: “ela não vai enroscar?”.

Atualmente existem modelos para pescar dentro das estruturas, pois seu peso concentrado, formato e volume a fazem passar pelas estruturas ou pela vegetação com facilidade. Já o antienrosco, de modelos tipo Cobra e Arky, evita que ela fique presa.

Seu trabalho deve ser diferente de quando estamos pescando nos locais fundos. É lançar nas aberturas, deixar a isca bater no fundo, dar dois toques curtos e secos e esperar a pegada. Se ela não vier, o pescador pode tirar a isca da água e lançar em outro ponto. Nesta situação, o predador atacará por instinto o vulto que vai passar ao seu lado, como se um intruso estivesse entrando em seu território. A pescaria é eletrizante, pela rapidez das ações. O ataque, geralmente rápido, dá pouco tempo para o pescador ter uma reação.

Continua...

Fonte e Agradecimentos: http://tudosobretraira.blogspot.com.br/


Nenhum comentário :

Postar um comentário