Uma das
modalidades mais antigas, deve seu nome (fly em inglês significa mosca) às
iscas, que imitam insetos. Essas iscas são confeccionadas artesanalmente com
materiais como pêlos, penas, fios de plástico e linhas de costura. O
equipamento de fly é inconfundível: compõe-se de uma vara comprida e flexível,
uma carretilha que parece uma bobina comum e uma linha grossa e comprida.
A linha é a
responsável pelo arremesso, uma vez que as iscas são leves. Ela vai sendo solta
por meio de golpes da vara no ar, ato que ganhou o apelido de “chicotear”.
Conhecido como
técnica de grande eficiência na pesca de várias espécies de peixes, o fly ainda
é pouco difundido.
Pesca de Praia (Surf Fishing)
Praticadas em
geral com varas compridas (entre 2,5 e 5 m ) e linha fina, para que a isca seja menos
arrastada pela ação das ondas e atinja uma maior distância. Pode ser realizada
em praias de tombo (fundas desde o início), ou em praias rasas, com perfil mais
suave, em que a profundidade aumenta lentamente. Nesse caso os arremessos devem
ser longos ou visar canais (locais mais profundos nas arrebentação), que são
denunciados pela ausência de espuma. Às vezes é preciso entrar na água. Alguns
veteranos dessa modalidade se tornam verdadeiros inventores de técnicas e
equipamentos. Os fios para amarrar iscas (elastricô) e o carrinho de praia são
exemplos disso. Uma variante desse estilo é a pescaria em que se entra no mar
até a altura da cintura, ou do peito, usando vara de bambu ou telescópica, numa
pesca que poderíamos chamar de recreativa.
Pesca de Barranco (Fishing on Steep Margins)
Nesse estilo se
encontram alguns dos mais tarimbados pescadores, amigos de longa data do rio ou
represa de sua cidade. O apego deles pro se “ranchão” favorito demonstra a
importância que tem a escolha do lugar ideal.
Os equipamentos
indicados são diversos: varas com molinete ou carretilha, caniço simples de
bambu, linha de mão. Um artifício que pode melhorar o rendimento da pescaria é
a ceva mensal ou semanal. Deixa-se algum tipo de alimento (milho seco ou verde,
mandioca, massa ou ração) para acostumar os peixes a comer no mesmo local.
Talvez esse tipo de pescador tenha sido o mais prejudicado pela poluição e
devastação, o que torna cada vez mais distantes os bons pratos de pesca.
Oceânica (Ocean)
Modalidade em
que costumam ser usados barcos com motores potentes e equipamentos caros. Nela
são enfrentados alguns dos maiores desafios da pesca esportiva, como os Atuns e
os peixes de bico (animais que podem chegar a mais de 600 kg ). Realizada nas
chamadas correntes do mar azul, de águas quentes e transparentes, ricas em
pequenos peixes.
Aqui é
fundamental a presença de alguém que tenha conhecimento em marinharia. A
captura de um peixe exige um bom trabalho em equipe. A pesca é feita
com o barco em movimento (corrico), o que é mais comum. Os peixes de bico podem
ser pescados com equipamentos de fly e na pesca com iscas artificiais.
Rodada (Dead Drift)
Estilo em que se
vai “atrás” do peixe. Deixa-se o barco descer o rio ao sabor da correnteza,
enquanto a isca é arrastada junto ao fundo.
Conhecido da
maioria dos frequentadores do Pantanal e pescadores de Robalo, a rodada é
apontada como pescaria de silêncio e tranquilidade. Originalmente usavam-se
varas de bambu com linha grossa. Hoje também é praticada com carretilha ou
molinete.
Uma variante
desta modalidade é a batida,que usa varas de bambu preferencialmente: o barco
desce próximo à margem, amparado pelos remos, ou com motor elétrico, e o
pescador vai batendo a isca na água, como se fosse uma frutinha caindo, para
atrair o peixe.
Corrico (Trolling)
Nessa modalidade
o barco permanece em movimento, com o motor ligado. A isca, que pode ser
natural de pequenos peixes ou artificial como os plugs de meia água e jigs, é
solta na água até 20, 30, 50, ou mais metros de distância e então é arrastada
em baixa velocidade. A movimentação produzida nas iscas dá impressão de que ela
está viva.
As varas
utilidadas são curtas (cerca de 1,8
a 2,5 m ,
em média) e reforçadas. As linhas são relativamente grossas. Nesse tipo de
pesca geralmente se dá preferência às carretilhas.
Arremesso com Isca Artificiais (Casting with Artificial Baits)
Modalidade
bastante técnica, que vem ganhando muitos adeptos no País (nos EUA e outros
países já e muito praticada). Exige muita observação a respeito dos hábitos das
espécies visadas, porque é a partir disso que se tentará capturá-las.
Movimentando-se a isca (que pode ser feita de penas, metal, plástico, madeira,
etc.) de modo a trabalhá-la dando impressão semelhante de um possível alimento
do peixe predador. Esse alimento pode ser um outro peixe, um sapo, uma pequena
cobra. A isca poderá simular estar fugindo, ferida, se alimentando ou
simplesmente nadando.
Os tipos mais
comuns de iscas artificiais são os plugs (de madeira, plástico ou metal), que
imitam peixinhos; os jigs (peças de chumbo com um anzol preso e um penacho de
penas ou tiras de plástico); as colheres (cujo nome advém de seu formato); e os
spinners (constituídos de uma haste metálica que prende uma pequena colher
giratória). Nesse estilo é essencial a precisão dos arremessos. A linha fina,
além de ser melhor para “trabalhar” a isca, dá maior esportividade e chances
para o peixe.
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