quarta-feira, 24 de abril de 2013

Modalidades de Pesca

FLY















Uma das modalidades mais antigas, deve seu nome (fly em inglês significa mosca) às iscas, que imitam insetos. Essas iscas são confeccionadas artesanalmente com materiais como pêlos, penas, fios de plástico e linhas de costura. O equipamento de fly é inconfundível: compõe-se de uma vara comprida e flexível, uma carretilha que parece uma bobina comum e uma linha grossa e comprida.

A linha é a responsável pelo arremesso, uma vez que as iscas são leves. Ela vai sendo solta por meio de golpes da vara no ar, ato que ganhou o apelido de “chicotear”.

Conhecido como técnica de grande eficiência na pesca de várias espécies de peixes, o fly ainda é pouco difundido.

Pesca de Praia (Surf Fishing)








Praticadas em geral com varas compridas (entre 2,5 e 5 m) e linha fina, para que a isca seja menos arrastada pela ação das ondas e atinja uma maior distância. Pode ser realizada em praias de tombo (fundas desde o início), ou em praias rasas, com perfil mais suave, em que a profundidade aumenta lentamente. Nesse caso os arremessos devem ser longos ou visar canais (locais mais profundos nas arrebentação), que são denunciados pela ausência de espuma. Às vezes é preciso entrar na água. Alguns veteranos dessa modalidade se tornam verdadeiros inventores de técnicas e equipamentos. Os fios para amarrar iscas (elastricô) e o carrinho de praia são exemplos disso. Uma variante desse estilo é a pescaria em que se entra no mar até a altura da cintura, ou do peito, usando vara de bambu ou telescópica, numa pesca que poderíamos chamar de recreativa.
Pesca de Barranco (Fishing on Steep Margins)








Nesse estilo se encontram alguns dos mais tarimbados pescadores, amigos de longa data do rio ou represa de sua cidade. O apego deles pro se “ranchão” favorito demonstra a importância que tem a escolha do lugar ideal.
Os equipamentos indicados são diversos: varas com molinete ou carretilha, caniço simples de bambu, linha de mão. Um artifício que pode melhorar o rendimento da pescaria é a ceva mensal ou semanal. Deixa-se algum tipo de alimento (milho seco ou verde, mandioca, massa ou ração) para acostumar os peixes a comer no mesmo local. Talvez esse tipo de pescador tenha sido o mais prejudicado pela poluição e devastação, o que torna cada vez mais distantes os bons pratos de pesca.


Oceânica (Ocean)







Modalidade em que costumam ser usados barcos com motores potentes e equipamentos caros. Nela são enfrentados alguns dos maiores desafios da pesca esportiva, como os Atuns e os peixes de bico (animais que podem chegar a mais de 600 kg). Realizada nas chamadas correntes do mar azul, de águas quentes e transparentes, ricas em pequenos peixes.
Aqui é fundamental a presença de alguém que tenha conhecimento em marinharia. A captura de um peixe exige um bom trabalho em equipe. A pesca é feita com o barco em movimento (corrico), o que é mais comum. Os peixes de bico podem ser pescados com equipamentos de fly e na pesca com iscas artificiais.

Rodada (Dead Drift)

Estilo em que se vai “atrás” do peixe. Deixa-se o barco descer o rio ao sabor da correnteza, enquanto a isca é arrastada junto ao fundo.

Conhecido da maioria dos frequentadores do Pantanal e pescadores de Robalo, a rodada é apontada como pescaria de silêncio e tranquilidade. Originalmente usavam-se varas de bambu com linha grossa. Hoje também é praticada com carretilha ou molinete.

Uma variante desta modalidade é a batida,que usa varas de bambu preferencialmente: o barco desce próximo à margem, amparado pelos remos, ou com motor elétrico, e o pescador vai batendo a isca na água, como se fosse uma frutinha caindo, para atrair o peixe.

Corrico (Trolling)

Nessa modalidade o barco permanece em movimento, com o motor ligado. A isca, que pode ser natural de pequenos peixes ou artificial como os plugs de meia água e jigs, é solta na água até 20, 30, 50, ou mais metros de distância e então é arrastada em baixa velocidade. A movimentação produzida nas iscas dá impressão de que ela está viva.
As varas utilidadas são curtas (cerca de 1,8 a 2,5 m, em média) e reforçadas. As linhas são relativamente grossas. Nesse tipo de pesca geralmente se dá preferência às carretilhas.
Arremesso com Isca Artificiais (Casting with Artificial Baits)

Modalidade bastante técnica, que vem ganhando muitos adeptos no País (nos EUA e outros países já e muito praticada). Exige muita observação a respeito dos hábitos das espécies visadas, porque é a partir disso que se tentará capturá-las. Movimentando-se a isca (que pode ser feita de penas, metal, plástico, madeira, etc.) de modo a trabalhá-la dando impressão semelhante de um possível alimento do peixe predador. Esse alimento pode ser um outro peixe, um sapo, uma pequena cobra. A isca poderá simular estar fugindo, ferida, se alimentando ou simplesmente nadando.

Os tipos mais comuns de iscas artificiais são os plugs (de madeira, plástico ou metal), que imitam peixinhos; os jigs (peças de chumbo com um anzol preso e um penacho de penas ou tiras de plástico); as colheres (cujo nome advém de seu formato); e os spinners (constituídos de uma haste metálica que prende uma pequena colher giratória). Nesse estilo é essencial a precisão dos arremessos. A linha fina, além de ser melhor para “trabalhar” a isca, dá maior esportividade e chances para o peixe.



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