A Região
Hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental está situada, basicamente, no Maranhão e numa pequena porção oriental do estado do Pará. Sua área é
de 274.301 km², aproximadamente 3,2% da área do Brasil, sendo que
cerca de 9% dessa área pertencem ao Estado do Pará e os restantes 91%
ao Estado do Maranhão. A população total na região, em 2010, era de
6.244.419 habitantes, o equivalente a 3,3%
da população brasileira, dos quais 61% vivem em áreas urbanas.
A região
apresenta uma vazão média de
2.608 m³/s, ou seja, 1%
do total do País. As sub-bacias dos rios Mearim e Itapecuru são as
maiores, com áreas de 101.061 quilômetros quadrados e 54.908 quilômetros
quadrados, respectivamente, é onde se concentra a maior demanda por m³/s de
água.
A principal necessidade da água na bacia é
para consumo humano, correspondendo a 45% do total. Em seguida, vêm a demanda
animal, com 18% do uso total e a demanda para irrigação, com 15%.
Os mais importantes
ecossistemas da região são a
floresta equatorial, restingas, mata de transição, floresta estacional decidual
(mata caducifólia). Os impactos ambientais mais significativos
em função da ocupação humana são observados, atualmente, na zona de transição
ocidental da floresta tropical. Em grande parte
da bacia costeira do nordeste ocidental, são utilizadas práticas agrícolas
inadequadas, acarretando processos erosivos, salinização e, em alguns casos,
formação de áreas desertificadas .
A região não enfrenta grandes problemas em relação à
qualidade das águas dos rios. Isso se deve, principalmente, às
localidades urbanas de pequeno e médio portes e ao parque industrial de pouca
expressão. Porém, na região metropolitana de São Luis e em alguns núcleos
urbanos ribeirinhos, a contaminação das águas pelo lançamento de esgotos sem
tratamento causa perdas e restringe outros usos. Estima-se que a carga
orgânica doméstica remanescente na bacia hidrográfica seja de 154 toneladas de
DBO5/dia (Demanda Bioquímica de Oxigênio), cerca de 2,8% do total do País.
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