quarta-feira, 15 de maio de 2013

Esturjão / Sturgeon (Acipenser Baerii )

Descrição


Este peixe migrador anádromo encontra-se desde o Mar do Norte, ao longo da costa Atlântica da Europa e do Mediterrâneo, até ao Mar Negro e Mar Azov; ocorre também no Báltico e nos Lagos Onega e Ladoga (o último provavelmente habitado por uma forma de esturjão residente de água doce).

Em Portugal, no final do século XVIII, o esturjão parece ter sido uma espécie comum no rio Guadiana, existindo ainda referências da sua presença nos rios Douro e Tejo. Entre 1866 e 1940 o esturjão foi pescado nos rios Douro, Tejo e Guadiana, ocasionalmente no Mondego e Sado, e acidentalmente nas águas costeiras do Algarve e em Sesimbra, como captura adicional na pesca da sardinha e do atum. O Tejo deverá ter sido o primeiro grande rio português de onde desapareceu. No Douro, o esturjão subia o rio em Abril e era um peixe considerado frequente nestas águas nas primeiras décadas do século XX.



O maior peixe de água doce da América do Norte e Europa, encontra-se a profundidades entre os cinco e os 60 metros. Antigamente esta era uma espécie muito abundante e uma fonte de riqueza (carne e caviar) para as populações, mas desapareceu de quase todos os rios da Europa. 

O Esturjão-comum (Acipenser sturio) é um peixe de grandes dimensões, de cor cinzento-esverdeada, podendo medir 3,5 m e pesar 300 kg. Possui corpo serpentiforme, com um focinho longo e achatado, sendo a boca inferior, sem dentes e com 4 barbilhos. O corpo não possui escamas, e está coberto por placas ósseas. A barbatana caudal é assimétrica, com o lobo superior mais longo que o inferior.
Os machos atingem a maturação aos 7-9 anos, medindo então 110-115 cm, e as fêmeas aos 8-14 anos, atingindo 120-180 cm. Pode viver até aos 100 anos.

Hoje em dia é uma espécie considerada em perigo crítico de extinção na maior parte dos rios em que ocorre. 

A destruição das zonas de postura, a construção de obstáculos à migração, a pesca ilegal e a poluição são causa apontadas para o seu desaparecimento. 

Devido ao seu tamanho, apenas entra em rios de grandes dimensões. 
Após alguns meses de vida nos locais de reprodução, migram para os estuários, onde permanecem até cerca dos quatro anos, altura em que se deslocam para o mar. 

A reprodução do esturjão siberiano é um processo complicado devido ao facto de as fêmeas não ovularem todos os anos e de a ovulação não ocorrer de forma síncrona. 

O número de fêmeas em idade de ovulação pode variar entre 35 e 63% da unidade populacional. Todavia, graças a um controlo da temperatura da água, é possível obter ovos durante um período relativamente longo, entre Dezembro e Maio. Os ovos são recolhidos através de massagens abdominais praticadas de duas em duas horas ou por via de uma pequena incisão na parede abdominal do peixe. O esperma dos machos é recolhido através de uma pipeta introduzida no aparelho genital. Os ovos fertilizados devem ser submetidos a um tratamento especial para impedir que se aglomerem durante a incubação: são introduzidos numa preparação argilosa ou, nalguns casos, num recipiente com leite. Depois de enxaguados, os ovos são colocados em incubadoras com água a 13-14 °C

Ao fim de 6 dias, as larvas normais podem ser selecionadas  Os alevins começam a ser alimentados pela primeira vez quando atingem os 9 ou 11 dias. 

Lugares

O esturjão é encontrado nas águas subtropicais e sub-árticas da América do Norte e da Eurásia. Na América do Norte, eles são encontrados ao longo da costa do Oceano Atlântico, do Golfo do México à Terra Nova, e ainda nos Grandes Lagos, nos rios São Lourenço, Missouri e Mississippi, e também na Costa Oeste da América do Norte, nos principais rios, da Califórnia à Colúmbia Britânica. Eles também vivem ao longo da Costa Atlântica Europeia, e ainda na região do Mediterrâneo, nos rios que desaguam nos mares Negro, Azov e Cáspio (Danúbio, Dniepre, Volga e Don), nos rios da Rússia que correm para o norte e deságuam no Oceano Ártico (Ob, Yenisei, Lena, Kolyma), nos rios da Ásia Central (Amu Darya e Syr Darya) e no Lago Baikal. No Oceano Pacífico, eles são encontrados no Rio Amur, ao longo da fronteira entre a Rússia e a China, na Ilha Sacalina e no Yangtzé e outros rios do nordeste da China.

Equipamentos

Carretilhas que comportem 300 m de linha multifilamento 100 lb para pesca embarcada e 50 a 65 lb para a pesca desembarcada, deve ser mais fina por causa da pressão de água , podendo usar um peso mais leve. Varas de 6´para embarcada e de 10´para desembarcada. Líder de dacron 100 lb, anzol de 7/0 a 9/0. Como iscas ovas de salmão ou minhocas. 

Iscas

ovas de salmão ou minhocas.


Dicas e Curiosidades

  • Principais países produtores da UE – França (maior produtor europeu de caviar), Polónia, Alemanha. 
  • Principais países produtores a nível mundial – Rússia, China. 
O esturjão-branco existe há 100 milhões de anos. O maior já encontrado media mais de 6 metros de comprimento e pesava mais de 800 quilos. O esturjão-branco vive nas águas costeiras da América do Norte, do Alasca a Baja California, e em rios de água doce em estados como Montan (EUA). Sua cor é cinza ou castanha, e seu abdômen é amarelado.






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