quinta-feira, 2 de maio de 2013

Traíra / Wolf-Fish ( Hoplias malabaricus) - Parte 05


COMO SABER AS “AVENIDAS” ONDE TEM TRAÍRAS
Em se tratando de rios e arroios, considero aqueles locais calmos, onde a água praticamente corre pouco, como sendo os mais efetivos no tocante à capturas. Em especial as pequenas praias que, ocasionalmente, formam-se nestes pontos, cercadas por grandes paredes de vegetação aquática  com alguns poucos “limpos” em meio à densa estrutura. 

Uma isca trabalhada atentamente, em uma dessas “avenidas” certamente atrairá a atenção e conseqüente apetite de alguma moradora da vizinhança.

No caso das lagoas, represas e açudes, a chave do sucesso também está diretamente ligada às estruturas de vegetação aquática, tanto submersas como algas e gramíneas, da mesma forma que aguapés, galhadas finas e grandes malhas de capim flutuante, conhecidas comumente por “boiadeiras”. Nestes locais, principalmente nas horas do amanhecer e entardecer, sem dúvida os melhores momentos para a pesca com artificiais de Traíras, um atento ouvido para com ruídos de seus ataques às vítimas incautas, fornecerá uma segura indicação das zonas preferenciais de pesca e certamente ao lançar a isca em cima desses ataques com toda certeza elas atacarão sua isca quase que instantaneamente.



INSTINTO ASSASSINO E COSTUMES

Diziam os mais antigos pescadores que só era necessário fazer muito barulho com a ponta da vara na água com o caniço e que lhe provocaria a IRA e a fazia inchar e atirar-se sofregamente à isca, que pode ser qualquer trapo vermelho amarrado no anzol.

Vista a Traíra no fundo d’água, chega-se a isca , que ela recusa sempre, mas continuando-se a provoca-la, repentinamente abocanha, bastando um puxão para joga-la em terra.

Resumindo um pouco essa conversa dos antigos, seria nada mais que a essência da utilização de iscas artificiais como elemento de atração e captura para a espécie.

Ataque muito feroz em iscas de superfície

MODO “LEQUE” DE PESCARIA

Considero importante ao pescar Traíras na modalidade de arremesso, que cada área localizada e de possível “residência” de nossas parceiras seja como que “varrida” por, ao menos, uma série de arremessos em forma de leque, ou seja, começando de um dos lados do pescador, indo até o outro, e não desordenadamente. Explico. Devido ao fato de que, em muitas das vezes, os locais onde nos confrontamos com as ditas são relativamente rasos, caso se inicie com arremessos, por exemplo, à frente e venhamos a engatar ali um bom exemplar, saltando e brigando como costuma acontecer, todas as demais moradoras daquele local debandarão imediatamente e conseqüentemente todos os troféus ali presentes.


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