quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pike (Esox lucius )

Descrição


Predador agressivo, carnívoro e muito voraz, Esox lucius é uma espécie que evoluiu muito pouco e passou por poucas alterações ao longo de milhões de anos.

Peixe de escamas de água doce pertencente ao género Esox, que compreende quase 41 espécies, atinge aproximadamente 1,80 m e pode chegar até 35 kg, podendo viver até 35 anos. O crescimento do lúcio depende diretamente da quantidade de alimento existente no meio em que habita, apesar de a fêmea crescer mais que o macho.

O formato do corpo e da cabeça é alongado. O focinho comprimido e achatado lembra um torpedo e os olhos têm tamanho mediano e ficam situados na parte alta da cabeça, posição que lhe dá um amplo campo visual. Sua grande boca é provida de cerca de 700 robustos dentes afiados, direcionados para o interior da boca. A maxila inferior ultrapassa a superior.

A nadadeira anal é bifurcada, curta, mas bem desenvolvida e poderosa, e a nadadeira dorsal e a anal ficam localizadas muito próximas a ela. Possui uma só barbatana dorsal. As nadadeiras ventrais e peitorais são de tamanho médio e estão localizadas por baixo das cavidades branquiais. É um peixe que não se mexe muito, mas é capaz de cobrir 9 m com uma batida de sua cauda. O tamanho e a posição dessas barbatanas contribuem muito para a eficácia do nado.

A coloração é cinza-esverdeada podendo apresentar pintas, variando o padrão de indivíduo para indivíduo, idade e o meio onde habita, tornando-se mais escura com a idade.O lombo tem coloração enegrecida, flancos em tons que vão de amarelo esverdeado a dourado, raiado de manchas escuras normalmente verde escuro. O ventre é branco. Possui grande capacidade de mimetismo, podendo assim adaptar a coloração do meio onde vive.

As barbatanas pares são alaranjadas enquanto as ímpares apresentam um fundo avermelhado. Esta coloração permite-lhe uma ótima camuflagem cria emboscadas ás suas vítimas.

A espécie se alimenta de uma grande variedade de peixes e de outros animais vertebrados, que vai desde insetos até batráquios, ratos, aves aquáticas, cobras e peixes, incluindo os da mesma espécie. Detecta suas presas pela visão e pelas vibrações produzidas pelo nadar, capturando-as investindo sobre as mesmas a velocidades próximas dos 70 km/h

Ovíparos, o macho atinge a maturidade com 2 a 3 anos e a fêmea entre os 3 e 4 anos. É uma espécie com crescimento muito rápido e quando adulto é um peixe solitário, bastante voraz no seu ambiente natural e muito vigoroso na luta pela sobrevivência. 

Lugares

Costuma viver na água doce, não muito funda, corrente ou parada como, por exemplo, lagos e pântanos. 

São nativos da América do Norte, Europa Ocidental, Sibéria e Eurásia. Raramente é encontrado em lugares acima dos 800 metros de altitude. Prefere as águas claras e tranquilas onde as temperaturas podem variar de 8ºC e 28ºC. Consegue tolerar baixos níveis de oxigênio e até águas um pouco turvas, embora as zonas pantanosas, de baixa profundidade com boa cobertura ou mesmo árvores caídas e vegetação aquática sejam os seus locais preferidos

Desloca-se em profundidade assim que a temperatura vai aumentando. Os meses de Inverno são os que o peixe se encontra mais ativo. 

Métodos

Para pesca com peixe morto: Para que neste tipo de pesca tenha bons resultados o lançamento deverá ser longo e com recuperação lenta, fazendo subir e descer a isca aproveitando para isso as correntes cujo movimento provoca com que a isca adquira dinamismo. É conveniente que de vez em quando a isca desça até ao fundo.

Pesca com peixe vivo: Modalidade com bons resultados, permitindo capturas de exemplares com tamanho e peso significativo. De salientar o fato de que a utilização de carpa ou pimpão como isca nos permite abranger uma área de pesca relativamente grande, visto que estas duas espécies são muito resistentes e nadam com bastante vigor durante muito tempo.

Pesca com colher: Este tipo de pesca é adequado para praticar nas zonas com vegetação, já que a posição da isca evitará que o anzol fique preso nos ramos e outras plantas aquáticas.

Pesca com caranguejo: Esta técnica pode praticar-se com ou sem boia. Se não usarmos boia deveremos lançar e recolher com pequenos toques/estirões. Devemos fazer com que o caranguejo não se desloque para zonas de vegetação abundante de onde será muito difícil tirá-lo.

Pesca peixe artificial: Os peixes artificiais são boas iscas já que se move muito, o que despertará o interesse do lúcio, cujas qualidades como predador o leva a atacar qualquer coisa que veja em movimento. A recuperação deve fazer-se sempre de uma forma muito lenta, inclusivamente com paragens.

Pesca com rã: A rã é por si só é uma grande isca para o lúcio, além do fato de ser muito resistente, de qualquer forma não podemos esquecer que a rã é anfíbio e não respira dentro de água pelo que é necessário retirá-la com alguma frequência da água.

Equipamentos

Antes de descrever qualquer técnica de pesca, é de salientar o uso imprescindível de terminais de cabo de aço para evitar que o fio seja cortado pelos dentes do lúcio

Pesca de lançamento com peixe morto: Varas: As mais adequadas são as fabricadas em carbono, de tamanho não superior a 3 metros nem inferior a 2,5 metros. Deve ser leve, para que nos permita realizar lançamentos longos. Carretel: Com capacidade para 150 metros e leve.

Pesca com peixe vivo: As mais adequadas são as fabricadas em fibra de vidro ou carbono, de tamanho entre 2,5 e 3 metros. Deve ser leve, para que nos permita realizar lançamentos longos. Carretel: Com capacidade para 150 metros e leve.

Pesca com colher: Varas: Uma cana de lance ligeiro, de menos de 3 metros de comprimento. Carretel : De tambor fixo, tipo médio.

Pesca com caranguejo;Varas: Deve ser ligeira e muito flexível, com um comprimento não superior a 4 metros. São mais adequadas as fabricadas em Kevlar. Carretel : De tambor fixo, tipo médio.

Pesca com mosca: Varas: Deve ser ligeira (tipo pesca do salmão). Carretel: Com capacidade para 100 metros, também deve ser do tipo utilizado para a pesca do salmão.

Pesca peixe artificial: Varas: As mais adequadas são as fabricadas em carbono 90%. Carretel : De tambor fixo, tipo médio.

Pesca com rã: Varas; telescópica, de entre 4 e 5 metros. Carretel : médio

Iscas

Peixe morto, que deverá estar perfeitamente fresco, Peixe vivo. Normalmente escalo, barbo, boga, carpa e pimpão com tamanho não superior a 20 cm. Colher composta, que poderá ser ondulante ou rotativa, com montagem para peixe morto. Caranguejo americano. Mosca afogada. Peixe artificial ou rapala. rã viva, com tamanho pequeno

Dicas

Os melhores momentos para a pesca do lúcio são aqueles em que a luz do sol é mais intensa. Nos dias de vento este peixe não sairá da sua guarida, no entanto a chuva ou a neve não o afetam negativamente.

Se obtivermos bons resultados num sítio determinado, é conveniente voltar ao mesmo, quase com total segurança obteremos novas capturas já que novos lúcios virão a ocupar os lugares deixados.

Deveremos tomar as máximas precauções, já que se trata de uma espécie muito assustadiça, que fugirá ao mínimo ruído de que se aperceba.

Pegar no bicho.

Podemos segurar o lúcio à mão desde que esta não fique ao alcance da sua farta dentadura, mas a melhor maneira de o segurar é introduzindo o polegar e médio nas órbitas oculares. Este procedimento funciona como alicate, aperta o animal e faz com que ele fique imobilizado. Atenção ao soltar os anzóis da boca do lúcio, a utilização de uma luva e um alicate nunca é de por de parte, é preciso desconfiar sempre de uma possível mordida, sabe-se que pode infligir graves ferimentos aos pescadores que os manuseiam sem o devido cuidado e atenção.









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