terça-feira, 7 de maio de 2013

Traíra / Wolf-Fish ( Hoplias malabaricus) - Parte 10

2 – VARA DE BAMBÚ (VAREJÃO)





Local escolhido anzol iscado, 4 batidas na água para chamar atenção do peixe, e é só deixar a isca afundar. Sinto a pegada de uma traíra, e então, conto silenciosamente: “1, 2, 3... e dou a fisgada!” A curta mas resistente vara de bambu verga e o peixe dá trabalho. Após um bom cabo-de-guerra, o troféu está posando para as fotos. Nesses poucos minutos, sinto-me novamente criança principalmente porque estou novamente sentado num barranco, à beira de uma lagoa, dando as primeiras pinchadas do lado do meu tio. É a repetição da primeira pescaria de traíra da minha vida. Apesar da evolução técnica e material que acabamos nos tornando “vítimas”, nunca é tarde para nos lembrarmos de nossas raízes na pesca. Felizmente, a traíra sempre permitirá um revival dessas eternas emoções.

Material

Var de bambu de 3 a 5m, com ponta grossa e reforçada, linha de monofilamento 0,50 ou 0,60mm (tem q ser caso ela embodoque embaixo das “boiadeiras” ou aguapés e ter que puxar pela linha sem que a mesma se rompa), Empate de aço flexível e anzol l/0com haste longa. É importante que o comprimento da linha não seja muito grande (em geral, um pouco menor que o da vara), para que fique sempre esticada quando em posição de pesca.
Iscas

lambaris, pequenas tilápias ou mandis, coração de galinha, pedaços de outros peixes, minhoca ou minhocuçu e fígado ou coração de boi cortados em pedaços.

Técnica

procure pequenos “buracos” em meio a moitas de capim, aguapés, troncos e outros tipos de estrutura. Coloque a isca no ponto escolhido e dê cerca de 5 batidas na superfície da água com a ponta da vara, o barulho serve pra atrair o peixe. Então deixe a isca afundar até encostar no fundo e aguarde. Caso o peixe não ataque, repita a operação.

A “Pegada”

costuma ser bastante violenta, exigindo uma fisgada igualmente firme. Em pontos com vegetação muito densa, o peixe deve ser praticamente “arrancado” da estrutura, ou ficará enroscado nela. Não se esqueça de afiar muito bem o anzol e de não bambear a linha.

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